bizi | 17.10.23
Ao longo deste ano no Bizi, vimos aplicações da inteligência artificial em diversas áreas: nos chatbots, nas profissões, na economia… E agora chegou a hora de ver como ela impacta na diversidade.
Na ponta oposta aos vieses preconceituosos e das leis que tramitam na Câmara dos Deputados, a IA tem feito avanços importantes quando se trata de auxiliar em uma realidade mais igualitária. 🤝
É o caso da nova parceria do Mercado Livre, que a partir desta semana, vai começar a usar a IA para testar a diversidade presente em suas campanhas publicitárias.
Funciona assim: o Mercado Livre vai definir os parâmetros com os quais quer trabalhar (nesse caso, tom de pele, faixa etária e gênero) e a ferramenta da VidMob vai analisar as peças antes de saírem para a veiculação.
Essa é mais uma das iniciativas de diversidade do Mercado Livre, que mantém esse valor no centro de suas estratégias de crescimento.
“A diversidade, equidade e inclusão são fundamentais dentro da nossa atuação e precisam se transformar em ações práticas em todas as áreas da companhia, incluindo o Marketing. Faremos um piloto para entender também como eliminar estereótipos ou visões hegemônicas nesse processo”.
— Thaís Souza Nicolau, diretora de Branding do Mercado Livre na América Latina
De acordo com o Head da VidMob para a América Latina, Miguel Caeiro, o Scoring de Diversidade e Inclusão vem sendo desenvolvido há cerca de um ano.
O objetivo é suprir uma necessidade cada vez maior do mercado: comunicar posicionamento e valores em empresas com operações de marketing complexas.
“Fazer este tipo de controle anos atrás, em poucos veículos, era simples. Hoje, uma marca que opera em vários países, que produz centenas de peças por ano e anuncia em um número cada vez maior de canais digitais, não consegue fazer essa monitoração sem ajuda da tecnologia”.
— Miguel Caeiro, VidMob
Segundo o TI Inside, a análise de diversidade é só um dos braços da empresa, que também faz análises de acessibilidade, audiência e muito mais.
Funciona como uma decupagem de dados que, no fim, permitem entender quais elementos criativos realmente trazem resultados.
Mas, além da publicidade, especialistas acreditam que a IA também pode ajudar a alavancar a diversidade no corpo de funcionários das organizações.
De acordo com Patrick Gouy, CEO e criador da IA da startup recifense Recrut.ai, o segredo é deixar a seleção de talentos com a ferramenta.
Ao invés de se prender em títulos e palavras-chaves nos currículos, a startup deixa a IA fazer a seleção de profissionais que realmente têm skills para a vaga, independente de qualquer outra característica.
“A gente está falando de aumentar produtividade das empresas, mas também mudar a realidade de muitas famílias. Veremos esses impactos sociais daqui alguns anos.”
— Patrick Gouy, Recrut.ai
Vale lembrar que, por iniciativas assim, a Recrut.ai foi considerada a melhor HRtech do Brasil, no 100 Open Startup. Acho que eles devem saber bem o que fazem, né?
Ficou mais otimista com a inteligência artificial depois desses relatos? Compartilhe com o Bizi como você tem usado a tecnologia por aí. 🤳
Confira nossos outros conteúdos