bizi | 28.11.23
No Bizi de hoje, está tudo relacionado: a forma como nos preparamos para lidar com a IA e usá-la a nosso favor, assim como a forma como lidamos com questões muito mais antigas, que são capazes igualmente de nos conduzir para um futuro brilhante. Vem conferir essas news.
Não é segredo para ninguém que a inteligência artificial tem impactado cada vez mais profissões (inclusive, daqui a pouco vamos falar mais sobre isso, stay tuned).
Já falamos bastante sobre a tecnologia por aqui, mas, caso você não tenha percebido, ela está em evolução constante. Por isso, ela sempre volta a fazer parte das nossas pautas.
Os dados de hoje vêm do “LinkedIn Economic Graph Research Institute”, estudo realizado pelo LinkedIn em novembro deste ano.
“Isto não significa que a maioria dos empregos exigirá competências em IA, mas que os profissionais terão de adquirir conhecimentos em IA para que possam se beneficiar de ferramentas de produtividade alimentadas por IA, como o Microsoft Copilot.”
— Exame
Segundo Karin Kimbrough, economista-chefe do LinkedIn, com a ajuda da IA, os profissionais podem gastar mais tempo aprimorando habilidades pessoais (cada vez mais cruciais para o mercado).
Além disso, um dos pontos-chave das descobertas é que a IA vai ajudar a assumir trabalhos de maior impacto desde o início da carreira.
“Acreditamos que a IA tem o poder de criar oportunidades para muitos profissionais, especialmente aqueles que estão iniciando suas carreiras e aqueles que não possuem uma graduação.”
— Karin Kimbrough, Exame
Não à toa, as gerações serão afetadas dessa forma:
De acordo com o LinkedIn, os profissionais mais propensos a isso estão nas áreas de:
Entre as habilidades mais procuradas estão:
Mas não é só isso. Uma das principais tendências — e que quase ninguém fala — está relacionada às habilidades interpessoais, necessárias para complementar as competências ligadas à IA.
“Profissionais de tecnologia que desenvolveram uma ou mais dessas habilidades sociais – comunicação, trabalho em equipe, resolução de problemas ou liderança – além de habilidades técnicas, são promovidos cerca de 13% mais rápido do que funcionários que possuem apenas habilidades técnicas.”
— Exame
No Brasil, as habilidades mais solicitadas nesse sentido são:
Como você pode perceber, o assunto está em alta no rede social profissional. De acordo com o estudo, entre dezembro de 2022 e setembro de 2023, as conversas sobre IA na plataforma aumentaram 70%.
De forma geral, a busca por empregos relacionados à IA aumentaram 12% em sete países: Austrália, França, Alemanha, Índia, Reino Unido, Estados Unidos e, inclusive, o Brasil.
Já a oferta de vagas correspondentes aumentaram 11%. Segundo o estudo do LinkedIn, as indústrias que mais procuram por funções relacionadas à IA globalmente são:
“Em escala global, os empregos que mencionam IA ou IA Generativa receberam 17% mais candidaturas nos últimos dois anos do que aqueles que não os mencionam.”
— Exame
E por aí, a IA já está fazendo parte do seu job description?
+ É hora de testar:
A Forbes fez uma superlista, com 18 comandos para usar o ChatGPT como assistente em uma jornada mais inovadora.
Como prometido na primeira news dessa news, uma dessas profissões mais impactadas pela inteligência artificial atualmente é, surpreendentemente ou não, a dos creators, também conhecidos como influenciadores ou, em bom pt-br, os criadores de conteúdo.
A plataforma Creator Now fez um levantamento inédito para descobrir como os creators se sentem em relação à inteligência artificial e como eles têm utilizado a ferramenta em seu trabalho.
Foram 2.200 creators entrevistados, de diferentes plataformas:
De acordo com Raphael Pinho, cofundador e CEO da Spark, uma das maiores agências de marketing de influência do Brasil, a IA generativa também tem o poder de aumentar a interação com o público, porque permite criar respostas rápidas e precisas aos seguidores.
“Quase a totalidade (97%) dos entrevistados disseram que já usavam IA em seu processo criativo e que o fizeram para aumentar o fluxo de trabalho, preencher lacunas de habilidades, criar conteúdo de melhor qualidade e reduzir custos.”
— Fast Company
Para Raphael Pinho, a IA é como um co-piloto, porque o olhar humano ainda é essencial no processo criativo. Segundo o CEO, é a capacidade humana que faz a diferença.
Confira os principais insights do levantamento:
Outro dado curioso é que 20% dos creators escolheram ainda não usar ferramentas específicas de IA por falta de compreensão da tecnologia e de treinamentos no mercado.
Quando perguntados sobre o que é necessário para que eles façam uso mais efetivo da IA em seus conteúdos, as respostas foram:
A pesquisa ainda traz uma conclusão interessante para as marcas:
Estamos nos primórdios de uma corrida do ouro da economia criativa e tecnológica, onde a IA vai escalar e aumentar a eficiência das parcerias entre creators e marcas. Quem conseguir fazer isso do jeito certo, tem o potencial de construir uma reputação “creator-friendly” e estabelecer oportunidades de colaboração com talentos a longo prazo.
— Creator Now
Assim, os 3 principais aprendizados da plataforma para as marcas são:
Sempre deixe claro o uso de IA em seus conteúdos para construir confiança, tanto com os creators, quanto com a sua audiência;
É papel dos marketeiros assegurar aos creators que a IA está aqui para amplificar suas habilidades, não ocultá-las. O conselho final da pesquisa é “celebre o toque humano”.
Ofereça as ferramentas, mas também o treinamento em IA para equipar os creators. Isso fará todos nós evoluirmos juntos no uso da tecnologia.
E aí, o que achou da pesquisa? Conta pra gente!
+ Influência em alta:
Confira a lista da YOUPIX em parceria com a MindMiners dos influenciadores mais queridos do Brasil.
Imagine o seguinte cenário: você entrou junto com um colaborador na empresa que trabalha atualmente, na mesma equipe e, inclusive, em funções iguais. Vocês têm a mesma carga de trabalho, os mesmos horários, as mesmas responsabilidades e, com algumas ressalvas (afinal somos humanos e não robôs), produzem os mesmos resultados e entregas. Mas tem uma diferença: ele é um homem e você é uma mulher e, por isso, ele ganha mais do que você.
Parece justo na sua visão? Pois saiba que agora, finalmente, haverá justiça nessa situação que prejudica milhares de mulheres, inclusive brasileiras.
“Ah, redação, mas isso nem existe mais, é só falação!” — A gente bem queria.
De acordo com o IBGE, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, a remuneração recebida pelas mulheres representa cerca de 78% do rendimento dos homens. São mais de 20% de diferença!
E não para por aí:
“Conforme a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad) de 2019, entre os principais grupos ocupacionais, a menor proporção é observada em cargos de direção e gerência: os salários delas equivalem a 61,9% dos salários deles — o salário médio das mulheres é R$ 4.666, e o dos homens é R$ 7.542. Em seguida estão profissionais das ciências e intelectuais, grupo em que as mulheres recebem 63,6% do rendimento dos homens.”
— Tribunal Superior do Trabalho
Até o desemprego as afeta mais: enquanto a taxa de desocupação entre os homens é 9,6%, entre as mulheres é de 14,1%.
Mas tudo isso está prestes a mudar. Ainda bem, né?
De forma resumida (você pode ler ela na íntegra aqui), a lei prevê que empresas e instituições privadas com 100 ou mais empregados elaborem relatórios semestrais de transparência salarial e critérios remuneratórios e divulguem em um novo campo no Portal Emprega Brasil.
“Os dados serão coletados pelo Ministério todos os anos, nos meses de março e setembro, para atualização. Fevereiro e agosto serão os meses para que os empregadores forneçam informações complementares nos sistemas.”
— Forbes
Além do portal oficial, a lei prevê que os relatórios também sejam publicados nos canais eletrônicos de comunicação das empresas, como site e redes sociais.
Após a análise das informações pela Auditoria-Fiscal do Trabalho, as empresas e instituições com irregularidades terão 90 dias para elaborar o que a lei chamou de “Plano de Ação para Mitigação da Desigualdade Salarial e de Critérios Remuneratórios entre Mulheres e Homens”.
Em outras palavras, elas terão 90 dias para consertar seus erros e finalmente fazer as coisas do jeito certo.
Caso não sigam por esse caminho, a multa é equivalente a até 3% da folha salarial, limitada a 100 salários mínimos (R$ 132 mil atualmente) e dez vezes o novo salário devido pelo empregador à empregada ou ao empregado discriminado.
E, atenção, esse valor por dobrar em caso de reincidência!
Além do fato de que os empregados lesados também podem entrar com uma ação por danos morais por discriminação de gênero, raça, etnia, origem ou idade.
Para o cumprimento da nova lei, os próprios empregados podem denunciar a empresa através de um canal seguro, dentro do aplicativo da Carteira de Trabalho Digital.
Uma das partes principais da lei é o intuito de promover a conscientização da importância da equidade de gênero no mercado de trabalho. Isso será feito por meio da capacitação de gestores, lideranças e empregados nas empresas notificadas.
“Ninguém acha que vai mudar isso instantaneamente, mas a gente quer uma conscientização social das pessoas que contratam, dos dirigentes e das empresas. Não pode haver diferenças tão grandes como as que são observadas nas informações que eles mesmos enviam.”
— Paula Montagner, G1
Já conhecia a nova lei? O que achou dessa decisão?
🤔 Como a IA vai impactar o seu trabalho, não sabemos. Mas uma coisa podemos garantir: quanto mais você confere os insights da nossa news, mais preparação você terá para quando esse momento chegar. Até o próximo Bizi!
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