última news: Instituto Data Bizi de Curadoria

bizi | 19.04.24

O Instituto Data Bizi de Curadoria afirma: você está prestes a encontrar a melhor seleção de dados que estão rolando e decidindo o jogo do mercado. Nessa news, você vai conferir insights sobre o Meta AI, vazamento de dados do TikTok, o status da cultura data driven no Brasil, as campanhas da semana e as trends do futuro do trabalho. Pode agitar as mãos, assoprar e rezar, todos os rituais são bem-vindos para conferir esses dados.


ESTA É NEW: O Meta AI chegou aos apps

Chegou o momento tão aguardado para a Meta há pelo menos um ano: o Meta AI, assistente de inteligência artificial da big tech, desenvolvida com o modelo Llama 3, finalmente chegou aos apps da família!

É um momento histórico, não só para a empresa, mas para todos que acompanham de perto a evolução da tecnologia — nós, inclusive. Mais uma vez, estamos vendo todo o poder da IA disponível na palma da mão dos usuários.

Como já tínhamos falado aqui no Bizi, o modelo Llama 3 é um grande modelo de linguagem (Large Language Model) poderoso, que passou mais de um ano sendo desenvolvido e aprimorado antes de chegar ao “cliente final”. De acordo com a Meta, o que podemos esperar dele é “o assistente de IA mais inteligente que você pode usar gratuitamente”. Bem simples, não é?

A novidade foi anunciada oficialmente ontem (18). E para essa grande estreia, a Meta não disponibilizou a ferramenta em só um de seus apps, mas em quatro ao mesmo tempo. 

O assistente fica disponível na barra de pesquisa ou digitação dos apps e em cada um deles, o usuário pode explorar diferentes atributos do Llama 3:

Recomendações

Quer planejar uma viagem ou uma receita? Pode pedir ao Meta AI desde recomendações de restaurante para comer ou onde comprar um ingrediente específico e até dicas de decoração. 

“Mudando para seu primeiro apartamento? Peça ao Meta AI para “imaginar” a estética que você busca e isso gerará algumas fotos inspiradoras para sua compra de móveis.”
— Blog da Meta

Mais informações

Quando você encontrar um post que te interessa no feed, o Meta AI pode oferecer mais informações sobre aquele conteúdo específico.

“Se você vir uma foto da aurora boreal na Islândia, pode perguntar à Meta AI qual época do ano é melhor para observar a aurora boreal.”
— Blog da Meta

Criar imagens

Com este recurso, o usuário começa a descrever uma imagem e o Meta AI já começa a criá-la e modificá-la, conforme o usuário vai digitando. Quando parar de digitar, o resultado será uma imagem mais nítida, com mais qualidade e melhor capacidade de receber textos.

“Da capa do álbum a convite de casamento, decoração de aniversário e sugestão de looks, o Meta AI pode gerar imagens que dão vida à sua visão de maneira mais rápida e melhor do que nunca.”
— Blog da Meta

Confessamos que esse é o recurso mais interessante que vimos nessa novidade. Não é inédito; a OpenAI já vem ganhando destaque por criar imagens (e até vídeos) a partir de prompts de texto. Mas imagine a facilidade de fazer isso direto do seu WhatsApp?

Aliás, por enquanto, esse recurso só está disponível na versão beta no WhatsApp e na experiência web Meta AI nos EUA.

Resumindo, segundo a Meta, você pode usar o assistente para “realizar tarefas, aprender, criar e conectar-se com o que é importante para você”. Tudo isso de forma super integrada aos apps e sem sair deles.

Impressionante, não é? Mas, antes que você pegue seu celular imediatamente para testar o Meta AI, a novidade ainda não está disponível no Brasil.

“Estamos lançando o Meta AI em inglês em mais de uma dúzia de países fora dos EUA. Agora, as pessoas terão acesso à Meta AI na Austrália, Canadá, Gana, Jamaica, Malawi, Nova Zelândia, Nigéria, Paquistão, Singapura, África do Sul, Uganda, Zâmbia e Zimbabué — e estamos apenas começando.”
— Blog da Meta

A Meta ainda não disse nada sobre quando o assistente chega por aqui, mas suspeitamos que não vai demorar nadinha. Como a própria big tech já adiantou, haverá mais para compartilhar nas próximas semanas. Estaremos esperando ansiosamente!

O que achou da novidade? Conta pra gente!

+ AI news:

Para focar ainda mais na evolução de sua própria IA, o Google uniu equipes de software e hardware no time “Platforms and devices”.


DEU RUIM: Vazamento de dados sensíveis do TikTok 

Será que o governo norte-americano estava certo esse tempo todo?

Em provas obtidas com exclusividade pela Forbes, fontes que trabalharam na equipe de publicidade do TikTok disseram que dados sensíveis dos anunciantes não eram tratados com tanta sensibilidade assim.

“Se você é um anunciante nesta plataforma, suas informações [podem] ser acessadas por funcionários globais e distribuídas para outros fins”, disse uma pessoa que trabalhou na equipe de publicidade do TikTok nos EUA por dois anos. “A plataforma de anunciantes era uma espécie de Faroeste e não foi pensada para proteger as informações dos clientes.”
— Forbes

Antes de se preocupar com o fim do TikTok, vamos entender a questão?

Na plataforma de publicidade da rede vizinha, assim como em qualquer outro espaço de mídia, existia uma equipe de vendas, em que o objetivo final era, obviamente, vender.

Só que, ao invés de fazer isso de forma ética e responsável, de acordo com os relatos, os funcionários eram instigados a usar dados sensíveis de alguns players para provocar seus concorrentes a gastaram mais na plataforma.

“Imagine, como exemplo, usar informações privadas do McDonald’s para incentivar o Burger King a intensificar sua publicidade, e vice-versa.”
— Forbes

No caso da LGPD do Brasil, que trata de dados pessoais, dados sensíveis são aqueles relacionados à origem racial ou étnica, convicções religiosas ou filosóficas, opiniões políticas, filiação sindical, questões genéticas, biométricas e vida sexual de uma pessoa (Sebrae). 

Já no caso de empresas, esses dados sensíveis são informações comerciais e fiscais, como faturamento, pagamentos, análises de desempenho dos anúncios, gastos e outras métricas.

Tudo isso era cedido ao TikTok pelas empresas anunciantes, já na chegada à plataforma de ads da rede. Esses dados ficavam armazenados em uma ferramenta chamada MMM, ou 3M — de “Make More Money”, ou “Faça Mais Dinheiro”, no nosso pt-br —, desenvolvida pela ByteDance (a dona do TikTok).

De acordo com a Forbes, empresas de todos os portes podem ter sido alvo dessa “técnica”. Em uma lista obtida pelo portal constam milhares de marcas, desde pequenos, como o Departamento de Turismo de Dakota do Sul, até grandes nomes, como a NFL, a Johnson & Johnson e a Pfizer.

“Os dados dos anunciantes eram gerenciados ‘de maneira muito improvisada, onde poderiam ser facilmente baixados, acessados, compartilhados e vistos por outros membros da equipe que não estavam trabalhando na divisão’, disse um funcionário.”
— Forbes

A matéria também conta que, até meados de 2023, o MMM era o mesmo para funcionários dos EUA e da China. Mas, conforme o governo norte-americano foi avançando nas restrições à rede vizinha, os funcionários receberam um memorando sobre o “desacoplamento” do software.

Ao todo, foram 5 ex-funcionários ouvidos pela Forbes, que trabalharam no TikTok entre 2023 e 2024. E, podemos apostar, essas revelações ainda vão render bastante!

Vale lembrar que tudo isso acontece enquanto o TikTok passa por um processo extenso e com consequências seríssimas nos EUA. Agora, mais do que nunca, o app pode ser banido dos States.

Apesar da polêmica instaurada, o TikTok continua sendo uma referência para outras redes quando se trata de publicidade bem feita que gera resultados.

Em uma matéria recente, com insights do Web Summit Rio, o Mundo do Marketing chamou a habilidade de Shoppertainment, um novo jeito de promover compras por meio do conteúdo e do entretenimento.

O que nos faz questionar se, mesmo com todo esse potencial, o TikTok pode dançar de vez.

Como quem busca incessantemente por todos os vídeos de uma trend, por aqui seguimos acompanhando essa história e todas as suas versões.


DATA NOSSA DE CADA DIA: Falta integração de dados na cultura data driven do Brasil 

Vamos falar sobre dados na nossa editoria de dados? Um verdadeiro inception para começar essa sexta-feira (e já dar a dica de filme para o fim de semana).

A Looqbox, plataforma de BI conversacional, lançou o Data Trends 2024, sua primeira pesquisa, em parceria com a veterana Opinion Box.

O estudo é uma forma de responder uma das perguntas que mais fazemos aqui: será que as empresas já têm uma cultura data driven?

De acordo com o Data Trends, não basta perguntar isso somente aos líderes porque, claramente, eles dirão que sim. Essa é uma pergunta que deve ser feita para todos os funcionários, de todos os níveis e setores de uma empresa. Aí sim, a resposta será fiel à realidade.

Por isso, o Data Trends 2024 entrevistou 1001 profissionais de empresas privadas, de todos os níveis hierárquicos, de todas as classes sociais e de todas as regiões do Brasil, em janeiro deste ano.

“Quase 50% dos entrevistados desta pesquisa ocupam cargos operacionais e 1/4 ocupam cargos de liderança em empresas privadas.”
— Data Trends 2024

Os dados foram analisados e organizados em fevereiro de 2024 e a pesquisa foi lançada em março. E, agora, você confere os principais insights, ainda quentinhos, na nossa news:

Uma das maiores urgências expostas pelo Data Trends 2024 é ter dados para todos.

“Apenas 22% dos profissionais entrevistados afirmam trabalhar em empresas que adotam uma abordagem verdadeiramente inclusiva na democratização dos dados — do CEO até a operação.”
— Data Trends 2024

  • 40% disseram que somente alguns grupos possuem acesso aos dados;
  • Na maioria dos casos (78%), departamentos isolados trabalham com suas próprias iniciativas de dados e outras áreas não têm acesso;
  • Ainda 87% dos respondentes declararam não possuir autonomia para acessar e trabalhar dados devido a burocracias e políticas internas.

Apesar dessa ser uma medida necessária até certo ponto (porque cada departamento tem um foco diferente), também é preciso pensar no próximo estágio: dados compartilhados e acessíveis para todas as áreas.

Segundo o Data Trends, para empresas maiores esse próximo passo é um sistema de BI ou Data Lakes.

O Data Trends 2024 é um report denso, recheado de dados, porém com uma leitura super fluída e muito esclarecedora. São 6 capítulos que falam sobre cada passo de uma estratégia de dados, inclusive com as tendências para o futuro da área, incluindo insights sobre a IA.

O material está disponível gratuitamente para download, do jeitinho que a gente gosta! É só acessar o link da pesquisa e aproveitar os dados.

+ Dados interessantes para conferir:

Uma pesquisa do Google encomendada à Offerwise conversou com 1.500 consumidores para entender seus hábitos de compra quando se trata de bens duráveis, como eletrônicos, móveis e eletrodomésticos.

O relatório “CMO Tenure Study 2024”, da Spencer Stuart, analisou as empresas mais proeminentes do mercado atual para entender o tempo médio em que os líderes de marketing permanecem no cargo.


WOW: Vem conferir as melhores campanhas da semana

Para sextar com boas referências e uma boa dose de diversão, reunimos as campanhas com selo Bizi WOW de qualidade. Vem ver:

100% Brasil

A iniciativa Brasil com S é nada mais, nada menos que um banco de imagens com 100% de brasilidade.

Produzido pela Lab 678, a proposta do projeto era fornecer retratos mais cotidianos do nosso país para compor campanhas e ações de marketing voltadas para brasileiros.

Na nossa opinião, funcionou muito bem! São mais de 800 imagens exclusivas que comunicam toda a cultura e diversidade do nosso país.

Not sopa de tartaruga

Ok, para nós pode parecer estranho e impensável comer uma sopa de tartaruga. Mas em alguns países e até aqui na América do Sul, as tartarugas-verdes compõem um prato típico.

Para proteger a espécie sem interferir na tradição gastronômica, a Not Co, marca de produtos veganos que até já apareceu aqui no Bizi por outra ação ousada, criou a NotTurtle Soup.

O mais incrível é que, para criar uma versão vegana que mimetizar todas as características principais do produto original, a marca recrutou o chef peruano Diego Oka, sua própria equipe de tech-food e a inteligência artificial Giuseppe para pensarem juntos. 

Para chegar em um resultado satisfatório, a IA analisou mais de 260 quintilhões de combinações (bem mais que o Doutor Estranho) e chegou em um prato típico com um animal em extinção, sem o animal em extinção. 

Os resultados da parceria

Depois de uma estratégia de co-branding muito inusitada entre Carmed e Burger King, a rede de fast food divulgou resultados impressionantes!

Para quem não se lembra, na compra de um dos quatro combos selecionados do BK, o cliente ganhava de brinde um hidratante labial da Carmed com aroma grelhado no fogo. A curiosidade para descobrir o que o sabor “grelhado de fogo” significava, deu nisso: 

  • Em apenas 3 dias, mais de 24 mil sanduíches relacionados ao Carmed foram vendidos;
  • As lojas participantes tiveram um crescimento de 27% nas vendas, 12,6% no tráfego de clientes e 372% nos pedidos dos combos em questão.

E a marca, que não perde tempo, já está com outra ação no gatilho. Dessa vez, com o Vincent Martella, intérprete do Greg na série amada pelos brasileiros Todo Mundo Odeia o Chris.

Um silêncio fala mais que mil palavras

Depois de sair da casa mais vigiada do Brasil, Beatriz Reis participou de uma campanha do iFood simples e genial.

Acontece que, no BBB, Bia ficou conhecida por seu jeito super empolgado de falar e fazer publis. Aliás, a participante já trabalhava com isso antes e usava o bordão “é o Brasil do Brasil” em vídeos no Brás, em São Paulo.

Provavelmente, todo mundo esperava que sua primeira campanha oficial fora do programa fosse cheia de gritos e muita energia. Mas, ao invés disso, o iFood optou por deixá-la sem palavras. Vale a pena conferir esse plot twist.


PREVISÃO DO MERCADO: 5 trends sobre o futuro do trabalho 

Em um artigo recente para a Fast Company Brasil, Renata Rivetti falou sobre as tendências que podemos esperar no futuro do trabalho.

A fundadora da Reconnect Happiness At Work, parceira exclusiva da 4 Day Week Global no Brasil, acredita que, mesmo com o apelo pela produtividade e resultados, a solução para os nossos problemas não está nos modelos ultrapassados

De acordo com ela, o que mais pressiona os funcionários hoje é a relação entre a saúde mental do colaborador e os resultados da empresa.

“Segundo pesquisa da Talenses Group em parceria com a Wellz, 43% dos entrevistados citaram o excesso de tarefas como ‘gatilho’ de crises, seguido por pressão por resultados e metas (31%) e sentimento de precisar estar disponível o tempo todo (30%).”
— Renata Rivetti, Fast Company Brasil

Com isso, não existe uma fórmula para encarar um futuro do trabalho de forma sustentável do ponto de vista humano. Mas existem algumas trends que podemos acompanhar e nos preparar:

1. Gap de habilidades

Existe um grande hiato hoje entre o que os profissionais sabem e o que o mercado precisa.

De acordo com uma pesquisa da McKinsey & Co, em até cinco anos, teremos 87% de skill gaps, principalmente em análise de dados, TI e gerenciamento de pessoas.

Por isso, empresas estão reskilling ou, em palavras mais simples, treinando seus colaboradores atuais para evitar a crise.

2. Quem souber IA, fica

Não é segredo para ninguém que a inteligência artificial chegou para ficar. Ainda tem gente que acredita que ela vai substituir a todos, mas Rivetti garante que, na verdade, quem substituirá serão os profissionais que souberem usá-la.

No entanto, as empresas têm que olhar para isso com a cautela necessária. Ao mesmo tempo em que a IA é uma evolução e uma oportunidade, ela também pode significar um aumento de desigualdade e desemprego, já que ainda é restrita para grupos mais privilegiados.

3. Flexibilidade

“Seja anywhere office, work from home, semana de quatro dias, foco em skills e não em um cargo rígido, horários flexíveis, enfim, não há uma fórmula mágica e não é somente trazer a flexibilidade. É preciso planejamento e redesenho do trabalho. E isso dá trabalho!”
— Renata Rivetti, Fast Company Brasil

Renata deixa bem claro que não é só implementar um hype do momento (como a semana de quatro dias) e pronto. A empresa precisa se reestruturar em função dessa nova flexibilidade. Mas é imperativo que ela vai acontecer.

4. Novos valores, nova satisfação

Renata relembra que hoje, os valores e atrativos que nos fazem escolher um trabalho não são mais os mesmos de antes. Em muitos casos, um bom equilíbrio entre vida profissional e pessoal está facilmente acima de um bom salário 

Estudos mostram que os atuais colaboradores do mercado de trabalho querem mais do que satisfação, mas felicidade no trabalho

Segundo ela, “queremos nos sentir úteis e encontrar sentido nas atividades diárias” e as empresas são diretamente responsáveis por isso.

5. Precisamos focar em sustentabilidade humana

Por fim, Renata é bem direta: “do jeito que está, será insustentável”.

Além de se preocuparem com o futuro do planeta, as empresas precisam começar desde hoje a se preocuparem com o próprio futuro. Isso inclui cuidar do bem-estar de seus funcionários para que eles continuem por aqui no futuro. 

Para isso, é preciso redesenhar toda a estrutura, mas com um personagem em especial:

“Só com novas formas de nos relacionar com todos os stakeholders é que poderemos construir essa sustentabilidade humana.”
— Renata Rivetti, Fast Company Brasil

Para finalizar e inspirar, a executiva garante que a melhor forma de prever o futuro é criá-lo. Gostamos desse pensamento!


🎲 Sorte ou azar? A vantagem do Bizi é que, com a nossa curadoria, você sempre sai ganhando. Até a próxima news!

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