bizi | 31.10.23
É, está ficando difícil competir pela atenção dos consumidores. Principalmente quando a última coisa que eles querem ver são anúncios.
Prova disso é a última novidade da Meta, que confirmou nesta semana que, em breve, os usuários poderão pagar para não ver anúncios no Instagram e Facebook.
Antes que você se desespere (ou se empolgue) com a notícia, a atualização vale somente para a Europa.
A própria Meta confirmou que a decisão tem como base tanto o Regulamento Geral de Proteção de Dados (GDPR), quanto a Lei de Mercados Digitais, vigentes no território.
“A Lei de Mercados Digitais talvez seja a mais importante regra a ser cumprida porque foi aprovada recentemente. No texto, a Comissão Europeia obriga as gigantes do setor de tecnologia a realizarem adequações em um período de seis meses, senão elas terão que pagar multas bilionárias. Dentre as várias obrigações, as empresas terão que ‘proibir o rastreamento de usuários fora do serviço principal da plataforma para efeitos de publicidade direcionada, sem que o consentimento efetivo tenha sido concedido’.”
— Tecmundo
A assinatura estará disponível a partir de novembro e, por enquanto, será para os territórios da União Europeia, do Espaço Econômico Europeu e Suíça.
Assim como tudo na vida, esse luxo também terá um preço. De acordo com informações oficiais da Meta, a assinatura no ads custará €9,99/mês (cerca de R$53) na versão web e €12,99/mês (R$70) para Android e iOS.
Vale lembrar que a Meta não é a primeira a surgir com opções. O X (antigo Twitter) também lançou mais possibilidades de assinatura recentemente.
Mas os usuários já podem se preparar para os reajustes.
“A partir de 1º de março de 2024, uma taxa adicional de 6 euros/mês na web e 8 euros/mês no iOS e Android será aplicada a cada conta adicional listada na Central de contas de um usuário”.
— Blog da Meta
Mesmo com a atualização, a Meta também deixou claro que não mudou seu posicionamento sobre os anúncios.
Primeiro de tudo, a empresa garantiu que a assinatura é completamente opcional, ou seja, a versão gratuita (e com anúncios) não vai deixar de existir.
Segundo, apesar de respeitar as leis e seus propósitos, a Meta reafirmou que acredita em uma internet com anúncios. Afinal, é isso que dá às pessoas acesso a produtos e serviços personalizados.
“Também permite que as pequenas empresas alcancem potenciais clientes, cresçam seus negócios e criem novos mercados, impulsionando o crescimento da economia europeia.”
— Blog da Meta
É o famoso “respeito sua opinião, mas não concordo”. 🤷♂️
E você, o que acha de tudo isso? Será que a novidade chega até o Brasil?
Para o sim e para o não, acreditamos que esse é um lembrete importante às empresas de estabelecer uma comunicação com seu público além dos anúncios.
Cada vez mais, é preciso encontrar formas de impactar os consumidores com respeito e bom timing.
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