última news: Êxodo grego

bizi | 30.05.25

Elon partiu e os brasileiros também queiram sair, mas o Bizi acabou de chegar com as notícias da semana e muitos insights quentinhos para deixar essa sexta-feira mais amena. Na edição de hoje, você confere a saída de Elon do DOGE, a possível saída dos brasileiros dos empregos presenciais, o uso de apps no Brasil, comportamento dos espectadores nos streamings e muito mais.


Antes da edição de hoje, queremos fazer um save the date diferente. Temos uma novidade muito boa para contar, mas só vamos relevar no dia 12 de junho — a redação cria a expectativa dela. 

Aguarde novidades interessantes por aqui e já inclua mais um compromisso na sua agenda desse dia tão concorrido. <3


NÃO É CINEMA, MAS É HYPE: Elon Musk não está mais à frente do DOGE

Mais uma vez, Elon Musk virou pauta no Bizi por um motivo que, sinceramente, não esperávamos: o executivo anunciou ontem (29) que está saindo do governo Trump.

Não falamos sobre isso aqui na news, mas com certeza você viu essa notícia em outro lugar: desde que Trump foi eleito (e até um pouco antes), Elon demonstrou total apoio ao presidente. 

A trajetória

Em janeiro deste ano, ele assumiu posição de destaque no DOGE (Department of Government Efficiency ou Departamento de Eficiência Governamental), órgão não-oficial e exclusivo desta era Trump, encarregado de reduzir os gastos do governo.

Segundo o próprio Musk, “a missão de Doge era acabar com a ‘tirania da burocracia’, economizar o dinheiro dos contribuintes e reduzir a dívida nacional dos EUA, que está em US$ 36 trilhões”. (BBC) 

Desde então, o bilionário participou ativamente de várias polêmicas, como:

  • Enfrentamento da chamada “cultura woke” — um tema bem complexo para abordar em um simples tópico dessa news, mas que podemos entender como políticas de diversidade, equidade e inclusão (DEI). Segundo Musk, ele economizou “mais de US$ 1 bilhão em contratos malucos de DEI” aos contribuintes;
  • Corte de vários programas da USAID, a principal organização de ajuda externa dos EUA. Vale ressaltar que o plano original era desmantelar a USAID, mas essa ação foi impedida por um juiz federal;
  • Ainda segundo a BBC, mais de dois milhões de funcionários do governo foram cortados; alguns receberam uma “oferta” para sair, mas alguns demitidos foram recontratados depois;
  • Além de críticas por falta de transparência nos processos.

Apesar dos esforços, o DOGE não cumpriu a meta de economia inicialmente estabelecida por Elon, de até US$ 2 trilhões por ano.

Ele mesmo reduziu essa expectativa pela metade, mas, até ontem, a economia oficial, de acordo com o site do DOGE, era de US$ 175 bilhões — embora uma análise de 23 de abril da BBC tenha descoberto que só US$ 61,5 bilhões desse valor foram discriminados e apenas US$ 32,5 bilhões tinham provas de como alcançaram tal economia.

Segundo regras do próprio cargo, Elon Musk não poderia mesmo ficar mais de 130 dias no cargo (que terminariam oficialmente amanhã, considerando o dia da posse de Trump). Mas, ontem mesmo, Elon usou sua conta no X para se despedir, agradecer a Trump a “oportunidade de reduzir gastos desnecessários” e deixar um último recado:

“A missão do DOGE só se fortalecerá com o tempo, à medida que se tornar um modo de vida em todo o governo.”
— X

Antes do anúncio

Mesmo antes de anunciar a saída, Musk já estava dando indícios dessa possibilidade. 

  • Na semana passada, o executivo disse que cortaria substancialmente seus gastos políticos, que chegaram a quase US$ 300 milhões de apoio a candidatos na última eleição.
  • Logo depois, no sábado (24), Musk anunciou que ia voltar a se dedicar totalmente a suas empresas depois de uma falha no X, em que mais de 25.800 incidentes foram relatados por usuários da plataforma.

“Voltei a trabalhar 24 horas por dia, 7 dias por semana, e a dormir em salas de conferência/servidores/fábrica. Devo estar super concentrado no X/xAI e na Tesla (além do lançamento da Starship na próxima semana), pois temos tecnologias críticas sendo lançadas.”
— X

  • Um dia antes dessa saída, Musk criticou publicamente a nova agenda fiscal do governo. Ele disse que o novo plano de gastos aumentaria o déficit do país, complicando o trabalho do DOGE, além de declarar em entrevista que não tinha certeza se um projeto poderia ser grande e bonito ao mesmo tempo.

Com tudo isso, o clima na Casa Branca não era dos mais amistosos nos últimos dias, embora fontes internas afirmem que a relação entre Musk e Trump siga muito bem, obrigado.

Tesla pós-DOGE

Um ponto interessante em tudo isso é que, quase imediatamente após o anúncio, as ações da Tesla subiram 2%.

Ao longo do ano, as ações da empresa caíram 11%. Inclusive, a marca sofreu uma onda de protestos entre março e abril de 2025, em que alguns carros chegaram a ser depredados nos EUA.

Por isso, quem ficou muito feliz com o anúncio foram os acionistas da empresa. De acordo com especialistas do setor financeiro, essa saída de Elon melhorará a imagem e confiança da Tesla no mercado.

Vale lembrar que a Tesla está se preparando para lançar veículos 100% autônomos, com a entrega da primeira unidade em junho deste ano, ou seja, a qualquer momento a partir de domingo.

Segundo a Forbes, “grande parte do valor de mercado da Tesla depende dessa aposta”.

E o DOGE?

Na ordem que Trump assinou sobre a criação do DOGE, o projeto deve ser concluído até julho de 2026.

A declaração oficial da porta-voz de Trump, Karoline Leavitt, agradeceu a Elo por tirar o DOGE do papel e disse que “os esforços para reduzir o desperdício, a fraude e o abuso continuarão” (BBC).

Mas, com a saída de Elon, a atuação do departamento ainda é incerta.

+ Notícias da semana que ocuparam as pautas e o triplex na nossa mente:

Segundo o The Wall Street Journal, os últimos passos de Elon como funcionário do governo também incluíram uma tentativa de boicote a um acordo entre EUA, Emirados Árabes e OpenAI para a construção de um dos maiores data centers de IA do mundo.

Falando em IA e jornais, o New York Times fechou um acordo com a Amazon, permitindo que a inteligência artificial da empresa use o conteúdo de seus artigos e marcando o primeiro licenciamento do portal a uma IA.


FRAMEWORK: Seis em cada 10 brasileiros trocariam de emprego para fugir do trabalho presencial 

Se a empresa onde você trabalha voltasse a ser 100% presencial, você cogitaria procurar outro emprego? Para 60% dos brasileiros, a resposta é “sim”.

Um estudo da consultoria Michael Page, especializada em recrutamento, com 50 mil pessoas em 36 países, descobriu que os brasileiros não só querem fugir do trabalho presencial como seu percentual está acima da média global (58%).

Os dados apontam para um cenário de contrastes: embora a maioria dos profissionais brasileiros prefiram o trabalho remoto, a maioria das empresas ainda desconfia dele.

  • 41% dos profissionais brasileiros dizem ser mais produtivos em casa, mas só 19% dos empregadores concordam;
  • Só 21% dos profissionais se dizem mais produtivos no escritório;
  • E ainda 38% dizem que sua produtividade independe do local.
“As visões antagônicas de funcionários e empresas sobre a eficácia do trabalho híbrido podem colocar em risco pilares fundamentais como confiança, transparência e parceria.”
— Lucas Toledo, Diretor Executivo da Michael Page

Ainda de acordo com o estudo, o principal motivo para tanta resistência por parte dos profissionais é o fato da flexibilidade estar ligada do bem-estar:

  • Também 60% dos brasileiros recusariam uma promoção se isso fosse colocar seu bem-estar em risco; A média global é de 48%.
Segundo Toledo, entre um novo cargo + vantagens vs. saúde mental + rotina pessoal, os brasileiros, geralmente, escolhem a segunda opção.

Para o executivo, as empresas precisam rever seus conceitos para começar essa discussão. Da mesma forma como pode parecer mais fácil resolver pontos simples no presencial, um escritório movimentado pode distrair mais e vice-versa. Já parou para pensar em como isso funciona para você?

Sem contar as questões de rotina da família e deslocamento, que sempre devem ser consideradas nesses casos. Afinal, não temos as mesmas 24h.

A resposta de Toledo para essas questões é o famoso “depende”: da pessoa e da função.

E a gente completa daqui: depende também de ouvir seus funcionários e entender o que faz mais sentido no contexto atual. É possível flexibilizar, ter mais pessoas no presencial e ainda manter a satisfação dos colaboradores? Então, esse é o verdadeiro win-win.


DATA NOSSA DE CADA DIA: O uso de apps no Brasil e o consumo nessas plataformas

Comunicativos, sociais por natureza e conectados com tudo o que potencializa isso — assim são os brasileiros. E uma pesquisa da Mobile Time em parceria com a Opinion Box comprovou.

O estudo “Uso de apps no Brasil” trouxe um panorama sobre o consumo de apps, plataformas sociais, streamings (de filmes, séries e música) e muito mais.

E alguns dados comprovam o potencial da nossa conectividade:

  • 98% dos brasileiros que têm um smartphone já baixaram pelo menos um aplicativo;
  • Apenas 17% deles pagaram por um app nos últimos 12 meses;
  • Considerando o dia da entrevista, 31% dos respondentes instalaram um app há menos de 24 horas. 50% fizeram isso há mais de 24 horas, mas há menos de um mês;
  • Da mesma forma, 28% desinstalaram um app há menos de 24 horas, enquanto 49% desinstalaram há mais de 24 horas e há menos de um mês.

Confira mais dados interessantes do estudo:

O panorama também trouxe insights interessantes sobre o consumo de streamings no Brasil:

  • A proporção de brasileiros que assinam algum streaming de filmes e séries passou de 64% para 68% em um ano;
  • Enquanto 39% contratam apenas 1 streaming, 11% contratam 5 ou mais;
  • A Netflix lidera esse ranking, com 75% dos brasileiros assinantes de streamings, mas esse índice já foi de 80%. Detalhe: no estudo, ele foi o único serviço que não foi descontinuado que apresentou queda;
  • O número de assinantes de streamings de música também aumentou: de 65% para 69% dos brasileiros;
  • O líder desse segmento é o Spotify, que também ganhou mais adeptos desde o ano passado, de 60% para 63%.

O estudo traz muito mais insights que não caberiam aqui, mas vale a pena conferir. É só acessar esse site e baixar o panorama gratuitamente.

+ Dados sobre consumo de redes sociais:

O ranking dos maiores influenciadores do Brasil, segundo a Favikon, tem Neymar Jr., Virgínia Fonseca e Zé Felipe nos primeiros lugares — e fez a redação pensar se realmente estamos colocando as pessoas certas nessa posição. 

Enquanto Elon e OpenAI discutem de um lado, a MetaAI performa de outro. De acordo com o próprio Mark Zuckerberg, o assistente alcançou a marca de 1 bilhão de usuários ativos. Desde o último anúncio do chefão, em setembro de 2024, a marca dobrou!


VIEW E REVIEW: Co-viewing e conexão emocional no streaming da Disney

Ainda na pauta streaming, todos os anos, a Disney Advertising faz um estudo sobre o comportamento dos espectadores nesse meio, chamado sugestivamente de Generation Stream.

Essa análise é feita há cinco anos e, nesta edição, o Meio & Mensagem trouxe insights, juntamente da Diretora de Ad Sales & Partnerships na The Walt Disney Company Brasil, Giselle Ghinsberg, sobre especificamente o consumo dos brasileiros na plataforma.

Segundo a diretora, existem três descobertas principais, que derrubam mitos sobre o consumo do streaming:

1. O consumo não é individual e solitário

O streaming ocupa espaços de socialização, seja na hora de assistir os conteúdos junto de familiares e amigos, ou depois, nas conversas e redes sociais.

“Estamos nos aprofundando em como as famílias estão assistindo juntas. As pessoas estão recorrendo à nostalgia, que é uma tendência muito legal! Com o streaming, temos acesso a uma enorme biblioteca de conteúdo do nosso passado. É possível acessar conteúdo nostálgico junto com sua família (…) e compartilhar esse momento é muito especial.”
— Danielle Hydro, Consumer & Advertising Insights, Disney Advertising

Três em cada quatro entrevistados (76%) disseram que gostariam que as sugestões da plataforma incluíssem conteúdos que seus amigos e familiares assistem.

2. Os consumidores não buscam só novidades ou quantidade

Segundo Giselle, “o público valoriza experiências que tenham profundidade, conexão emocional e relevância cultural, independentemente de serem lançamentos ou títulos clássicos”.

Se pensarmos que o catálogo do Disney+ conta com fortes conectores emocionais (como filmes clássicos da infância ou esportes ao vivo com a ESPN), isso faz muito sentido.

3. O brasileiro transita com naturalidade entre conteúdos locais e globais

Para a executiva, isso é reflexo de uma característica marcante nos brasileiros: somos extremamente receptivos e abertos a conteúdos internacionais, mas gostamos de adaptar ao nosso jeitinho.

De acordo com o estudo, 98% do público assiste a conteúdos internacionais, mas 92% consome esses conteúdos dublados ou legendados (sempre ou às vezes).

O estudo também separou e classificou o público em quatro grandes segmentos, de acordo com suas motivações e comportamentos:

  • Buscadores de Fuga Empática (26%): assistem conteúdos sozinhos para se desconectar da realidade e conectar com as histórias e personagens;
  • Conectados Sociais (26%): usam o streaming como fonte de inspiração, para acompanhar a cultura pop e suprir sua necessidade de conexão no dia a dia;
  • Exploradores Reflexivos (18%): buscam narrativas que provoquem emoções, nostalgia e reflexão;
  • Conectores do Conforto (30%): recorrem ao streaming como forma de relaxar, encontram alegria, acolhimento e leveza nos conteúdos.

(Fonte: Meio & Mensagem)

Para Giselle, todos esses segmentos reforçam a experiência compartilhada na plataforma, principalmente em eventos ao vivo, lançamentos simultâneos e estreias. Segundo ela, a Disney possui um índice de co-viewing 2x maior que a média da indústria.

Já imaginava esses comportamentos? Com você também é assim? 


👀 Como diria Maria Rita, tem gente que vai para nunca mais. Mas o Bizi sempre volta, com mais notícias e insights a cada edição, para você ficar por dentro de tudo. Até a próxima!

Não perca nenhuma novidade!

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