bizi | 11.08.23
Lembra quando a Netflix anunciou que ia impedir o compartilhamento de senhas de um jeitinho nada gentil e todos ficaram chocados? Bom, o mesmo pode acontecer em breve com o Disney+.
Segundo o Meio & Mensagem, a empresa também passou pelos temidos layoffs no ano passado e até na área de TV tradicional a coisa não está um parque de diversões.
“A Disney registrou uma queda de 23% em seu lucro, que ficou em US$1,89 bilhão no trimestre, ressaltando os problemas enfrentados por essa divisão. O negócio, que inclui canais como ABC e ESPN, foi prejudicado pela queda de assinantes de TV paga, menos negociações de espaços publicitários e altos custos de direitos de transmissão.”
Seria a falta de conteúdos novos? A péssima fase 4 do MCU? Segundo o streaming, nem um nem outro.
A maior parte da queda vem da perda dos direitos de transmissão da Indian Premier League, competição de críquete. Bem aleatório, sim.
Assim, a empresa precisou rever suas políticas e o compartilhamento de senhas foi a primeira delas.
Em uma reunião com acionistas, Bob Iger, CEO da Disney, disse que eles estão explorando novas maneiras de lidar com o compartilhamento de senhas e que, ainda neste ano, os contratos de assinatura serão atualizados.
“Já temos capacidade técnica para monitorar boa parte disso. (…) Embora seja provável que vocês vejam algum impacto já no próximo ano, é possível que isso acabe não sendo concretizado até o fim de 2024, mas certamente estabelecemos isso como uma prioridade real, e realmente achamos que há uma oportunidade aqui para nos ajudar a expandir nosso negócio.”
— Bob Iger
Bem diferente do que aconteceu com a bilheteria de Barbie, o setor cinematográfico vive uma crise — ultimamente, literalmente, graças às greves de roteiristas e atores de Hollywood.
E as consequências vieram por demanda — literalmente, de novo.
Também não é de hoje que as produções vêm sendo criticadas. Mesmo orçamentos enormes não conseguem entregar algo à altura das expectativas dos fãs e isso gera um atrito.
Mas será que esses números apontam para o fim dos streamings?
Além da Disney, outras empresas também já estão alterando o formato:
De acordo com a Reuters, a Disney cogita também o uso de IA para controlar custos de produção na TV e filmes, algo que já está se tornando comum, e até otimizar interações e experiências nos parques da empresa.
É fato que, assim como tudo que é digital, o boom dos streamings veio em 2020, junto com a pandemia. Alguns souberam se estruturar bem desde então, com produções exclusivas, preços mais competitivos e estratégias de marketing mais agressivas. Outros, nem tanto.
Por enquanto, é muito cedo para afirmar que um formato com tanto potencial e tantos adeptos — em 2022, a Hibou apontou que 7 em cada 10 brasileiros assinam pelo menos um streaming — vai acabar.
Até porque, apesar do cancelamento, a Netflix viu seu número de assinantes crescer depois da decisão controversa e até as ações da empresa valorizaram.
Ou seja, ainda tem muito para ser visto no universo dos streamings, com o perdão do trocadilho. 🙂
O que você achou da decisão da Disney? Conta pra gente!
Confira nossos outros conteúdos