última news: Dados, polêmicas e rock’n’roll

bizi | 24.09.24

Um dos maiores eventos do Brasil acabou de acabar e, ao ver os big numbers, nos inspiramos para trazer uma grande edição por aqui também. No Bizi de hoje, você confere dados e polêmicas sobre o Rock in Rio 2024, a IA do LinkedIn, feeds viciantes, marketing de influência, insights sobre inovação, criatividade e liderança e, eventualmente, também um rock’n’roll, dependendo da playlist que está tocando por aí.

INSIDE: Big Numbers do Rock in Rio 2024

Uma vez a cada dois anos, o Rock in Rio movimenta o Brasil inteiro através de música, experiências e, por que não, ativações de marcas?

O festival originalmente criado por Roberto Medina, o publicitário por trás da Artplan, alcançou o mundo e hoje o recebe de volta nas edições brasileiras.

O Rock in Rio 2024 durou dois fins de semana e acabou de acabar — não sem antes fazer muito sucesso, de novo. Este ano, o RiR comemorou 40 anos de festival e contribuiu com uma nova setlist de big numbers para a história do evento.

Dessa vez, o evento aconteceu nos dias 13, 14, 15, 19, 20, 21 e 22 de setembro de 2024, como sempre na Cidade do Rock, localizada na Zona Oeste do Rio de Janeiro–RJ.

Por esse ano foi “só”, mas a edição de 2026 já foi confirmada pela Rock World, a realizadora do RiR. A organização ainda não divulgou uma data, mas podemos esperar um grande evento novamente.

Enquanto isso, a Rock World se prepara para um novo festival, voltado para a sustentabilidade, que acontecerá em Belém, Pará. E a escolha não é por coincidência; a cidade receberá a Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, a COP-30, também em 2025.

De acordo com a organização, a ideia do Amazônia para Sempre é colocar a região brasileira no centro da mídia internacional e chamar a atenção para os temas da preservação ambiental.
— Meio & Mensagem

Seguindo os passo de seus irmãos mais velhos, Rock in Rio e The Town, o novo evento já tem até patrocinador escolhido: a Vale, que tem tudo a ver com o tema. Mas, até lá, podemos esperar muitos nomes se juntando a essa lista.

ESTA É NEW: Dados para treinar a IA — é a vez do LinkedIn

Assim como o ex-Twitter, a Meta e outras plataformas, agora foi a vez do LinkedIn resolver usar dados para treinar a IA da rede. Mas, como também aconteceu nos outros casos, a atitude não foi bem recebida pelo público.

Até porque, o assunto veio à tona não pela plataforma, mas pela CEO da Social Proof Security, Rachel Tobac, em suas redes sociais, inclusive em seu perfil no LinkedIn

O que é?

A partir de uma atualização nos termos e diretrizes da plataforma, o LinkedIn vai passar a usar dados pessoais de usuários para treinar seus modelos de inteligência artificial generativa.

Segundo o LinkedIn, a novidade está na fase da aceitação (ou não) e entrará em vigor a partir do dia 20 de novembro.

No entanto, há controvérsias. De acordo com a Fast Company, ao olhar para as configurações da rede, fica claro que as mudanças já foram implementadas

“Um porta-voz da empresa não especificou há quanto tempo o sistema vem coletando informações dos usuários sem que eles tenham a opção de desativar a coleta.”
— Fast Company

Com a IA usando declarações de pessoas reais como base de dados para suas próprias respostas, uma das maiores consequências disso é que as famosas voices do LinkedIn podem perder o crédito por suas falas na rede.

Tobac descobriu isso quando trechos de sua fatídica postagem viraram conteúdo para uma resposta gerada pela IA logo abaixo. E a ferramenta não creditou a autoria à executiva.

O que é, segundo o LinkedIn

O posicionamento oficial do LinkedIn foi dado por Kalinda Raina, Chief Privacy Officer do LinkedIn, que talvez tenha um de seus maiores desafios profissionais pela frente.

Segundo ela, a política de privacidade da rede foi atualizada para deixar claro como o LinkedIn usa os dados pessoais no espaço de IA generativa e também fora dele. Além disso, a CPO relembrou que a mudança conta com um “opt out” (opção de não aderir), caso os usuários não concordem com as propostas do LinkedIn.

Raina também garantiu que essas propostas não tem validade em territórios com leis mais rígidas sobre o uso de IA, como a União Europeia e a Suíça. 

A solução

Desde que a notícia saiu, vários portais já mostraram como é possível fazer esse opt out. Trouxemos aqui um resuminho:

  • No ícone do seu perfil no LinkedIn, clique em “Configurações e Privacidade”;
  • Em seguida, selecione “Privacidade de Dados”;
  • Na seção “Como o LinkedIn utiliza seus dados”, a opção “Dados para aprimoramento de IA generativa” estará ativa. Então clique nela e desmarque o botão “Usar meus dados para treinar modelos de IA para criar conteúdos”.

A Fast Company também sugere uma visitinha à aba “Pesquisa de Dados”, nesta mesma seção, para conhecer como o LinkedIn use informações de usuários em suas pesquisas.

+ Do outro lado da tecnologia:

Longe da polêmica da rede de trabalho, o CEO do Google, Sundar Pichai, acredita que a IA é peça-chave para os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU.

De acordo com ele, a tecnologia pode ajudar em 4 frentes:

  • Democratização do conhecimento, por exemplo, possibilitando o acesso a outras línguas com o Google Tradutor;
  • Inovação e avanço científico, como na busca por tratamentos de câncer e novas vacinas;
  • Prevenção e mitigação de desastres naturais, com medições apurados das mudanças climáticas;
  • Por fim, no crescimento do PIB global, com a criação de novas oportunidades de trabalho e o desenvolvimento econômico como um todo.

Também do lado do copo mais cheio, o TikTok também criou uma nova campanha que usa a IA para ensinar sobre a IA. O objetivo é entender e conviver bem com a tecnologia, além de evitar os malefícios da criação de conteúdo nocivo.

DATA NOSSA DE CADA DIA: Quase 70% dos consumidores já fizeram compras por influência

Marketing de influência funciona — já falamos bastante sobre isso aqui no Bizi. Mas dessa vez, trouxemos os dados de quem convive diariamente com essa estratégia. 

O “Relatório Influenciadores Digitais 2024”, da Opinion Box em parceria com a Influency.me, mostrou os principais dados da influência aqui no Brasil.

A pesquisa consultou 2.037 pessoas usuárias de internet e descobriu que 8 em cada 10 seguem influenciadores digitais em alguma rede social. 9 em cada 10 seguem alguém especificamente no Instagram.

Apesar de bem vasto, o público tem um certo perfil: 

  • 84% das mulheres seguem algum influenciador;
  • 89% das pessoas com idades entre 16 e 29 anos também.

As 5 principais categorias que recebem essa influência são:

  • Cosméticos (45%)
  • Roupas (40%)
  • Cursos e conteúdo educacional (40%)
  • Livros (33%)
  • Maquiagem (33%)

E quando perguntados sobre o que os levou até a compra, as principais respostas foram:

  • “Eu já queria comprar e decidi quando vi alguém testando e aprovando o produto” (48%);
  • “Era um produto que eu não conhecia e me despertou curiosidade” (34%);
  • “Já precisava do produto e o influenciador ou influenciadora me fez lembrar dessa necessidade” (33%).

E é claro que, como bons brasileiros, o preço baixo (37%) e os cupons exclusivos (33%) também estariam nessa lista.

Por fim, o relatório resumiu a influência de acordo com os dados encontrados:

“Se fôssemos traçar o perfil de influencer que mais atrai seguidores, seria uma mulher, jovem, que mora no Brasil, tem alcance nacional e muitos seguidores.”
— Relatório Influenciadores Digitais 2024

O que achou desses resultados?

Se identifica com essas descrições enquanto consumidor? E enquanto marca, já está investindo no marketing de influência?

Para conferir o relatório completo, é só acessar esse link e baixar o material gratuitamente.

VIEW E REVIEW: Feeds menos atrativos

Enquanto a maioria das redes quer que o usuários passem cada vez mais tempo rolando o feed, a proposta de uma nova lei na Califórnia, EUA, é justamente deixá-lo menos atrativo.

O nome (bem sugestivo) do projeto é Ato Protegendo Nossas Crianças do Vício em Mídias Sociais e o objetivo é tentar tornar esse ambiente menos nocivo para quem ainda não tem como se defender dele.

As mudanças especialmente criadas para os usuários menores de idade incluem:

  • Não “recomendar, selecionar ou priorizar” postagens via algoritmo;
  • Exibir publicações em ordem cronológica e apenas de perfis que já são seguidos;
  • Não enviar notificações aos usuários entre 0:00 e 6:00 e também entre 8:00 e 15:00 sem o consentimento dos pais;
  • Tornar todas as contas privadas por padrão. Essa é a única configuração que os usuários podem mudar posteriormente.

Apesar de bem-intencionada, a lei é polêmica e considerada até inconstitucional por algumas autoridades no assunto. Segundo elas, isso pode dificultar até a vida de adultos que não confirmarem sua idade nas plataformas. Mas aí nem deveria ser um problema da lei, não é mesmo?

Fato é que a deliberação já foi aprovada pelo governador Gavin Newsom e entrará em vigor em 1º de janeiro de 2027. Até lá, as redes terão um tempo para adequar às mudanças.

Por enquanto, tudo isso vale somente no território da Califórnia, mas pode se tornar uma tendência no restante do país.

Vale lembrar que os EUA viveram um conflito importante com o TikTok, que dependendo da postura da ByteDance, pode resultar na saída definitiva do app do país.

Com atitudes como essa, o governo norte-americano já demonstrou que não tem nenhuma ressalva em barrar as maiores redes do mundo. Resta saber se a recíproca é verdadeira.

+ Notícias de tech:

Ainda não dá para evitar o que rola no grupo da família, mas as mensagens excessivas no WhatsApp de contas que você nem se conectou, estão com os dias contados. Para melhorar a qualidade dos conteúdos e evitar o temido spam, o app de mensagens mais famoso do Brasil estuda uma forma de bloquear mensagens indesejadas de desconhecidos.

Depois da tempestade, uma tentativa de calmaria. Após ser considerada a marca menos confiável dos EUA, o X, ex-Twitter, quer voltar para o Brasil — que nunca o esqueceu completamente. Por enquanto, a principal alegação da rede é seu bom comportamento: o X cumpriu todas as exigências da justiça brasileira, indicou uma representante oficial no país e até removeu perfis problemáticos.

FRAMEWORK: Inovação, criatividade e liderança no Fast Company Innovation Festival

“Um ator, um dramaturgo e uma líder sindical participaram de uma conferência de negócios e isso não é brincadeira.”
— Stephanie Mehta, Inc.

Foi assim que a Revista Inc. apresentou 3 dos principais aprendizados sobre criatividade, inovação e liderança que o Fast Company Innovation Festival trouxe.

O evento, realizado pela Fast Company em Nova York, EUA, reuniu os CEOs mais proeminentes do mundo para falar sobre esses temas, como Satya Nadella (Microsoft) e Ted Sarandos (Netflix).

Mas, de acordo com Stephanie Mehta, CEO e diretora de conteúdo da newsletter Mansueto Ventures, os insights mais interessantes vieram de quem não tem um cargo exatamente corporativo.

O diret​​or Lin-Manuel Miranda, a presidente internacional da Association of Flight Attendants, Sara Nelson, e o ator Ryan Reynolds, compartilharam seus conhecimentos menos business, mas igualmente apurados e, claro, trouxemos o resuminho por aqui.

A inspiração pode vir de qualquer lugar

De acordo com Lin-Manuel Miranda, criador do espetáculo Hamilton, para inovar é preciso ficar atento àquilo que você acha que está faltando no mundo.

O diretor disse que essa observação vale não só para coisas que você gosta, como coisas que você não gosta, pensando em como você poderia melhorá-las.

“Contanto que você fique aberto a tudo isso e descubra quem você é em meio a tudo o que está consumindo, você fará coisas que realmente o entusiasmam.”
— Lin-Manuel Miranda, Inc.

Poder não é sobre relacionamentos pessoais

A líder Sara Nelson relembrou sobre como as dinâmicas de poder funcionam e sobre como é importante transcender o nível pessoal quando se trata de realmente exercer esse poder.

Ela entende que, no relacionamento com CEOs e executivos importantes, o mais importante não é a visão que eles têm sobre ele, pessoalmente falando, mas os interesses das companhias que representam. É o famoso “não é nada pessoal”. 

“Você não quer apenas poder comparecer a um evento na Casa Branca. Você quer realmente estar na sala antes desse evento, moldando a política que eles vão anunciar”.
— Sara Nelson, Inc.

A restrição faz bem para a criatividade

Em sua experiência produzindo o primeiro filme de Deadpool com um “orçamento minúsculo para um filme de história em quadrinhos”, Ryan Reynolds aprendeu que, nem sempre, ter tudo sob controle é o que te fará uma pessoa mais criativa.

Já no terceiro filme do controverso personagem, o ator entende que uma dose de dificuldade pode ser uma motivação importante para buscar novos jeitos de fazer as coisas bem-feitas.

“Quanto mais restrições você coloca em um processo criativo, mais assimétrico é seu pensamento, mais você encontra inspiração e capricho nos lugares mais inesperados.”
— Ryan Reynolds, Inc.

Muito úteis, não?

Tem mais algum aprendizado não-canônico do mundo dos negócios? Compartilhe com a redação para impactar mais business por aí.

🤘 Assim como o rock’n’roll vai muito além do ritmo, nossa news também vai muito além desse e-mail. Te esperamos na próxima edição para compartilhar mais insights importantes!

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