previsão do mercado: Como a inteligência artificial impacta nas nossas profissões hoje?

bizi | 08.08.23

O ano era 2022. Bem perto do final, em dezembro, ao invés de falarmos sobre amigo secreto e recesso de fim de ano, o assunto que não saía da pauta dos profissionais era a inteligência artificial do ChatGPT.

O lançamento histórico da ferramenta e toooodas as discussões que surgiram a partir dela reverberam nas tendências do mercado até hoje. E a julgar pela nossa curadoria, a previsão é de que continue assim por muito tempo.

A não-primeira de muitas

A ferramenta que gera textos e respostas não foi a primeira, mas certamente alargou o caminho para que outros representantes da tecnologia passassem.

De acordo com o Canaltech, “o que estamos presenciando nessa era é o ‘desbloqueio’ da capacidade tecnológica que impedia a IA de evoluir e a democratização do acesso a essa tecnologia”.

E quando eles falam de “capacidade tecnológica”, quer dizer tanto os hardwares e algoritmos mesmo, quanto a própria quantidade de conhecimento (dados e informações), que nunca foi tão vasta quanto agora.

De fato, o mercado — e o Bizi — está cada vez mais tomado por discussões que envolvem o uso, riscos e desdobramentos da inteligência artificial, a famigerada IA.

Sabemos que a IA vai mudar completamente o futuro, mas como? A resposta curta é: mudando tudo!

De acordo com o Fórum Econômico Mundial, 83 milhões de empregos vão desaparecer com a tecnologia. Ao mesmo tempo, 69 milhões de novas profissões surgirão, graças à IA, nos próximos 5 anos.

Até trouxemos uma lista da Forbes com 5 exemplos dessas novas oportunidades aqui no Bizi.

Na mesma projeção, o estudo mostra que o treinamento de funcionários para utilizar IA e big data é prioridade para 42% das empresas e que a ferramenta deve ser adotada por 75% das empresas pesquisadas:

  • 50% esperam que a tecnologia gere crescimento de empregos;
  • 25% esperam uma queda.

Previsões de um futuro inteligente 

O Gartner prevê que, até 2025, as organizações que usam inteligência artificial em toda a função de marketing mudarão 75% das operações da equipe de produção para atividades mais estratégicas.
— Meio & Mensagem

Mas esse não é um assunto só lá para frente, não. 

De acordo com um levantamento feito pela Época Negócios em parceria com a Deloitte no início do ano, a IA deve fazer parte de 70% das empresas até o fim de 2023.

Na época da pesquisa, 20% já estavam testando ferramentas de inteligência artificial e 31% ainda não, mas pretendiam.

Segundo o portal, o foco de adoção da IA pelas empresas está em:

  • Relacionamento e atendimento aos clientes (13%);
  • Inteligência de mercado (8%);
  • Campanhas de marketing (7%);
  • Gestão financeira, contábil ou fiscal (7%);
  • Atividades de vendas (6%);
  • Análises de crédito dos clientes (4%);
  • Gestão de fornecedores (4%);
  • Gerenciamento de riscos operacionais (4%). 

“Entre os executivos dessas empresas, há uma compreensão crescente da importância da adoção de inteligência artificial como vantagem competitiva.”
— Fernando Fujihara, sócio da Consultoria e líder da prática de Enterprise Technology and Performance da Deloitte 

Outro estudo da International Data Corporation apontou que as soluções em automação inteligente vão passar de US$1 bilhão no Brasil este ano, um crescimento de 33% em relação ao ano passado. E tem gente que ainda duvida do potencial da tecnologia.

Mas, quais são os impactos da IA no mercado e nas nossas profissões agora? 

De fato, a inteligência artificial já tem alterado nossa realidade hoje. 

Uma pesquisa da Salesforce, divulgada em junho deste ano, mostrou que 51% dos profissionais de marketing já utilizam inteligência artificial generativa no dia a dia de trabalho.

A maioria dos mais de mil entrevistados pela empresa utilizam a tecnologia em atividades mais básicas, como produção de conteúdo (76%) e criação de textos (75%).

  • Para 71% dos profissionais, a IA vai otimizar o trabalho e tirar a parte mais pesada de suas funções;
  • Na mesma proporção, 7 em cada 10 profissionais acreditam que a tecnologia vai conferir mais tempo livre para se concentrar em outras estratégias;
  • 53% acreditam que a IA vai mudar tudo, inclusive “a maneira como analisam dados, personalizam conteúdo, constroem campanhas e otimizam sistemas de SEO, por exemplo” (Meio & Mensagem).

Parte do navio e parte da tripulação

Assim como o sentimento (ou a maldição?) do navio de Davy Jones, na série de filmes “Piratas do Caribe”, o que vale para um marinheiro também vale para todo o restante da embarcação.

Dessa forma, não é só no trabalho individual que a inteligência artificial impacta, mas sim em toda a máquina do mercado.

De acordo com uma pesquisa global realizada pela International Business Machines Corporation (IBM), em 2022, cerca de 41% das empresas brasileiras utilizam Inteligência Artificial em seu dia a dia.
— Mundo do Marketing

Diante desse cenário, como fica o quadro das empresas? Será que vão existir cargos de liderança em inteligência artificial?

A inteligência artificial já faz parte do cotidiano dos profissionais e, agora, oficialmente também de grandes empresas:

  • Em julho, a Coca-Cola se tornou a primeira grande marca a nomear um head global de inteligência artificial generativa, o executivo Patrik Thakar;
  • Logo depois, a Amazon Web Services apontou Vasanth Philomin para o mesmo cargo dentro de sua operação;
  • A Accenture também conta com managing director of generative AI transformation e generative AI and DevOps director.

Sem contar que diversas outras empresas também já adotam a IA em seus processos, mesmo sem mencioná-la no nome dos cargos. 

De acordo com dados da Adzuna, em junho deste ano, 170 mil postos de trabalhos abertos nos EUA pediam alguma habilidade relacionada à inteligência artificial — 3.575 deles pediam especificamente habilidades da IA generativa.

O fato é que a IA — generativa, para automatização, dos hardwares e do dia a dia — já faz parte do mercado.

Resta saber se as empresas também saberão evoluir junto com essa nem-tão-novidade para também continuar nele.

+ Continue no tema:

Amanhã, a Associação Brasileira de Anunciantes (ABA) vai lançar o “Guia ABA sobre impactos da inteligência artificial generativa na publicidade”.

O material reúne informações sobre regulamentação, ética, privacidade e direitos da personalidade que envolvem o uso da tecnologia. Mais infos aqui na Propmark.

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