bizi | 01.09.23
Setembro chegou trazendo um dos eventos mais esperados do ano aqui no Brasil: o The Town.
O maior festival de música, cultura e arte de São Paulo começa amanhã e se estende até o próximo final de semana.
Apesar de gostarmos muito de música (e desejarmos muitíssimo estar lá para, quem sabe, fazer outra cobertura especial), trouxemos o The Town para o Bizi para falar das estratégias de marca e planejamento do evento, que faz sua estreia no cenário dos grandes festivais do Brasil e, porque não, do mundo.
Dos mesmos criadores do Rock in Rio, o The Town certamente já nasceu como hype. Só para esquentar o assunto, confira alguns dos big numbers do festival:
Desde o começo, o The Town deixa claro que seu foco é a cidade sede, a famosa Sampa. Por isso, o nome tão sugestivo.
Em uma entrevista para o Meio & Mensagem, a diretora de marketing do The Town, Ana Deccache, contou que a ideia era criar uma nova marca que homenageia a cidade de São Paulo, assim como o RIR homenageia a cidade do Rio de Janeiro – RJ.
“Cada palco do The Town homenageia a cidade de São Paulo. (…) O Skyline, que é nosso maior palco, reflete os grandes prédios comerciais da cidade, os arranha-céus. Temos o palco The Town, inspirados nos museus da cidade, com dezenas de telas interativas e intervenções visuais. O palco Factory é inspirado nos galpões da parte industrial de São Paulo; a São Paulo Square é inspirada na região da Catedral da Sé, etc.”
— Ana Deccache
Com um parente tão famoso, não é exatamente difícil ganhar relevância. Mas o The Town conseguiu se superar.
O lançamento do projeto foi feito em 2021, mas a diretora conta que tudo estava sendo planejado desde 2018.
Em menos de 4 horas da abertura das vendas, em março deste ano, o 1º lote de ingressos esgotou. Em maio, a 3 meses do evento, o The Town já havia vendido mais de 150 mil ingressos com um ticket médio considerável — o ingresso mais em conta (meia-entrada para 1 dia) custava R$385,00.
Além disso, uma semana antes do festival, dados da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis de São Paulo mostraram que a ocupação da rede hoteleira da cidade estava em 85,5%.
Um esforço conjunto também foi feito na área de transporte para o The Town.
Como parte de suas iniciativas sustentáveis, o festival está incentivando os participantes a utilizarem o transporte público até lá. Até porque, o acesso de carros será proibido nas proximidades do Autódromo de Interlagos.
Para garantir que as pessoas possam curtir as 12h de programação por dia, das 14h às 2h, as linhas 8 e 9, da CPTM, e 4 e 5, do Metrô, vão funcionar por 24 horas.
O Metrô também informou que outras linhas estratégicas funcionarão com reforço de carros nos dias do evento.
Com exceção da Estação Autódromo, que fica no local, a entrada nas demais estações estará fechada no horário normal, como de costume. Mas as operadoras já garantiram o transporte e desembarque de todos que estiverem saindo do evento por essas linhas.
Além disso, o deslocamento ainda vai contar com trens expressos e semiexpressos e ônibus oficial do The Town. Já pensou em toda a logística envolvida por trás dessa ação?
O Now, unidade de real time do A-Lab, empresa do Grupo Dreamers que, por sua vez, realiza o The Town, vai monitorar todas as conversas que surgirem sobre o festival nas redes sociais. E isso não é pouca coisa.
Para essa missão, a agência recrutou 223 profissionais multidisciplinares que estarão de olho em oportunidades para a Heineken, Volkswagen, Itaú, Porto, Club Social, Trident e, claro, para o próprio The Town.
Além do esforço humano, o Now também vai contar com 10 drones sobrevoando o evento e captando imagens para materiais futuros.
Tem mais infos sobre essa estratégia no perfil da A-Lab no Instagram.
Segundo o blog da StartSe, o The Town não é só um festival de música, mas também de tech.
O portal falou um pouco sobre a ações de tecnologia presentes no festival, divididas em 3 frentes:
1. Inteligência artificial
O palco New Dance Order vai contar com cerca de 100 avatares que vão apresentar as atrações, interagir com o público e trazer músicas criadas pela IA nos intervalos.
Além disso, o figurino de alguns bailarinos também vai contar com luzes de led conectadas a um algoritmo de IA que vai captar os movimentos e devolver em um show luzes.
2. Drones e robôs
Além dos drones da Now, o The Town também vai usar drones para fazer o patrulhamento aéreo do evento.
E por terra, adivinha? Serão cachorros-robôs conectados à rede 5G, capazes de identificar alterações de temperatura e fazer monitoramento por câmeras e sensores.
3. Tecnologia sensorial
“O The Town quer oferecer uma experiência incrível a todos. Por isso, para pessoas com deficiência auditiva, será oferecido um colete com sensores conectados à mesa de som, que vibram na batida da música.”
— StartSe
Como todo grande evento, é claro que o The Town também conta com a presença de grandes marcas trazendo ativações e experiências pensadas especialmente para o público do festival.
Nesse caso, 220 experiências! O Meio & Mensagem listou algumas das principais nesse artigo.
Mas o público pode esperar desde lançamento de comidas a carros, espaços super imersivos, brinquedos radicais e até ações que vão além do espaço da Cidade da Música. Assim, todo mundo tem a oportunidade de experimentar um gostinho do The Town.
Ao todo, o festival conta com 32 parceiros, entre patrocinadores e apoiadores. Tudo devidamente listado no site oficial.
Já imaginava que o The Town contava com toda essa estrutura? Não sei você, mas não esperávamos nada menos do “mais novo maior evento” do Brasil.
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