bizi | 20.05.25
Mais do que uma “palavra em alta” o burnout é um problema sério e, infelizmente, cada vez mais frequente (até por isso, já apareceu aqui no Bizi algumas vezes).
Fortemente ligado à cultura de produtividade que estamos vivemos nos últimos anos, não é exagero afirmar que todos estamos suscetíveis a passar por isso, inclusive líderes.
Por isso, o tutorial bizi de hoje vem do artigo de Bernard Coleman, Vice-Presidente Sênior de Pessoas na Swing Education, para a Revista Inc., de como aumentar a produtividade, sem levar todos ao esgotamento.
Coleman começa contando que, ao longo de 25 anos de carreira como líder de pessoas e equipes, ele viu a ascensão das reuniões e da extrema cobrança por conectividade praticamente apagar a linha entre casa e trabalho.
E ele não está errado: estamos conectados o tempo todo! Em muitos casos, mesmo quando desligamos o computador ou vamos embora do escritório, o trabalho continua nos acompanhando.
Por isso, ele deixou 7 soluções a considerar — e fizemos um resuminho para facilitar:
Segundo Coleman, essas reuniões causam interrupções no fluxo de concentração, essencial para a produtividade. De acordo com um estudo da Universidade da Califórnia, em Irvine, leva cerca de 23 minutos para retomar o foco depois de uma interrupção.
Por isso, a primeira dica é reservar alguns períodos exclusivamente para trabalho profundo — e não abrir mão desse tempo.
Assim como é preciso separar tempo para o trabalho profundo, o executivo também indica separar alguns dias para reuniões. Algumas empresas já estabelecem isso, como as “segundas sem reuniões” ou “sextas de foco” e têm bons resultados.
Será que você realmente precisa participar de tudo o que está na sua agenda? Coleman esclarece que existe autonomia para recusar convites sem pauta clara ou onde sua presença não seja essencial.
Aqui também vale a máxima “essa reunião poderia ser um e-mail?”, se sim, você pode ler depois, ao invés de participar na hora agendada.
O VP dá duas dicas importantes aqui: reduza o tempo de reuniões (nem que seja 5 ou 10 minutos) e crie intervalos intencionais para refletir sobre as pautas, “fazer transições mais eficazes entre conversas” ou simplesmente respirar.
Se você está no presencial, isso pode acontecer dentro do escritório; se você está no remoto, será pela vizinhança, o importante é variar o ambiente do restante do dia.
Uma caminha rápida, de 30 minutos, traz os benefícios do exercício físico, mas também é capaz de aumentar o foco, a energia, o humor e a criatividade. Muito melhor e mais produtivo que rolar o feed na pausa do método pomodoro, não é mesmo?
Após implementar essas mudanças na sua rotina, por que não estender para todos?
Bernard indica que você use sua influência na organização para atualizar políticas e expectativas sobre reuniões — inclusive a parte de recusar convites. Aqui também se encaixa o entendimento sobre reuniões realmente necessárias ou encontros que poderiam ser e-mails.
Para o executivo — e para todo mundo que entende de liderança —, quando os líderes demonstram a importância de estabelecer limites, isso permite que todos também estabelecem seus limites.
Ele conta que, atualmente, confundimos produtividade com frequência de reuniões, valorizamos mais estar ocupados (ou apenas parecer estar ocupados) do que causar impacto real ou entregas de qualidade.
Ao invés de pensar “no que estivemos envolvidos”, temos que começar a pensar “o que alcançamos” — e as pausas e momentos de fluxo são essenciais para que isso realmente aconteça.
E você, está mais próximo da produtividade positiva ou do esgotamento? Está na hora de rever nossas prioridades e focar no que realmente pode nos tornar profissionais (e pessoas) melhores.
Por esse artigo, já deu para entender que uma das características de chefes ruins é fazer justamente tudo ao contrário do que Coleman indica. Mas a Fast Company Brasil elencou mais 4 sinais de alerta para identificar chefes ruins para te proteger dos males corporativos.
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