bizi | 22.10.24
Todos os anos, há 18 anos, a Accenture lança seu relatório de previsões para o próximo ciclo por volta dessa época — e, inclusive, já apareceu aqui no Bizi antes.
Basicamente, o Accenture Life Trends existe por 2 motivos:
“A obsessão pelo cliente é a melhor estratégia de crescimento. Excelentes experiências do cliente são esperadas. É preciso uma orquestração meticulosa para desempenhar um papel significativo e relevante na vida de seus clientes. No entanto, as pessoas são complicadas. Eles são emocionais e estão mudando mais rápido do que os negócios podem mudar, então manter o ritmo é um desafio constante. Essas tendências examinam essas mudanças e procuram ajudar as empresas a definir como catalisar crescimento permanecendo relevante para os clientes.”
— Accenture Life Trends 2025
No relatório deste ano, uma coisa é fato: estamos cercados pela tecnologia.
Nossa vida é cada vez mais digital, mas isso não significa que não existem mais ressalvas quanto à novidade. Justamente por lidar com tanta tecnologia, as pessoas estão mais exigentes com ela.
Assim, o Accenture Life Trends 2025 trouxe 5 macrotendências sobre isso para o próximo ano e trouxemos um resumo de cada uma delas para o Bizi. Vem ver:
Com o aumento das infinitas possibilidades da tecnologia melhorar as nossas vidas, aumentaram também os golpes e, muitas vezes, o consumidor não sabe mais o que é real.
Principalmente em tempos de inteligência artificial generativa (a GenAI), podemos dizer que o fake já se tornou quase banal nas redes sociais, colocando a confiança das pessoas sob ameaça.
De acordo com o Accenture Life Trends 2025, no ano passado:
As marcas devem criar pontos confiáveis em sua comunicação com seus clientes para conseguirem sobreviver nesse cenário. Mais do que nunca, segurança e transparência serão essenciais nas experiências digitais.
Enquanto é papel dos governos estabelecer regulamentação às tecnologias, é papel dos pais ensinarem seus filhos a lidar com elas de maneira saudável. E isso, nem precisamos dizer, é um enorme desafio.
Não só porque os pais estão ainda aprendendo a fazer isso para si, mas porque os riscos do mau uso são diversos e mais graves para os jovens.
“Pessoas de 18 a 24 anos têm mais que o dobro de chances, em comparação com aquelas acima de 55 anos, de afirmar que as redes sociais impactam sua identidade. Ao mesmo tempo, cerca de dois terços da Geração Z e Millennials reconhecem que passam mais tempo online do que gostariam (67% e 64%, respectivamente).”
— Accenture Song, Newsroom
De acordo com o relatório, os pais buscam, ao mesmo tempo, uma cura para si e proteção para seus filhos.
Não surpreendentemente, já vemos movimentos que buscam limitar o uso de tecnologias pelos jovens ou expor o quanto elas podem ser nocivas. E a tendência é que mais ações assim aconteçam, tanto no discurso quanto na prática.
Você conhece alguém que sempre quer as coisas “para ontem”? Talvez sua liderança? Ou você mesmo? A impaciência para conseguir chegar ao objetivo traçado é uma forte tendência para 2025, que já pode ser sentida agora.
Quando as marcas não respondem, as pessoas buscam pelas informações no coletivo. Mas elas continuam abertas às marcas dispostas a entrar nesse ritmo:
Aliás, a conexão através do conteúdo é o caminho certo para as marcas. Além disso, a Accenture relembra a importância de investir em uma operação centrada no cliente.
A dignidade é essencial para um ambiente de trabalho saudável, mas ela tem sido fortemente abalada pelas pressões do mercado, avanços tecnológicos e dinâmica humanas em constante evolução.
Uma delas é justamente a chegada da GenAI, que mexeu com o sentimento das pessoas. Enquanto umas acreditam que a novidade veio para somar em eficiência (44%) e na qualidade do trabalho (38%), outras se sentem ameaçadas de que a tecnologia limite sua criatividade (14%), torne o trabalho mais mecânico (15%) e gere ansiedade em relação à segurança no emprego (11%).
Além disso, o relatório também identificou que os funcionários estão mais desmotivados e distantes emocionalmente das empresas. Em outro estudo da Accenture, somente 29% dos trabalhadores acreditam que a empresa em que trabalham tem as melhores intenções como prioridade.
Seja para resolver esses problemas ou lidar melhor com a GenAI, segundo o Accenture Life Trends 2025, a liderança humanizada e a conexão um-a-um, promovendo a autonomia e incentivos, é a chave para restaurar esse ambiente.
Já é certo: em períodos onde a tecnologia desponta, as pessoas tendem naturalmente a buscar por mais conexões humanas e tudo o que vem junto delas.
“As pessoas estão buscando por profundidade, autenticidade e riqueza sensorial em suas experiências. Eles querem engajar com o mundo de maneiras significativas, encontrando experiências que os conectem com o ambiente e uns com os outros. Isso é a restauração do social.”
— Accenture Life Trends 2025
De acordo com a Accenture, o desejo por equilibrar o físico com o digital é cada vez maior. As pessoas ainda querem se relacionar com a tecnologia, mas também buscam fortalecer suas relações com a natureza, com as pessoas à sua volta e com o próprio bem-estar.
Pode parecer contraditório, mas para ter sucesso em um mundo cada vez mais digital, as marcas devem se aproximar mais das experiências autênticas e imersivas fora dele também. Nesse caso, o segredo é promover conexões com o que é real.
E aí, o que achou dessas tendências? Compartilhe com o Bizi suas impressões.
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Entre os insights da conferência Business of Brands, do Ad Age, foram apresentadas as tendências de emprego na área de marketing para 2025.
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