previsão do mercado: Accenture Life Trends 2025 

bizi | 22.10.24

Accenture Life Trends - as tendências para 2025

Todos os anos, há 18 anos, a Accenture lança seu relatório de previsões para o próximo ciclo por volta dessa época — e, inclusive, já apareceu aqui no Bizi antes.

Basicamente, o Accenture Life Trends existe por 2 motivos: 

  • Decifrar a relação entre as pessoas, seus comportamentos e atitudes com o mundo à sua volta;
  • Ajudar as marcas a se anteciparem às necessidades que surgem dessa interação.

“A obsessão pelo cliente é a melhor estratégia de crescimento. Excelentes experiências do cliente são esperadas. É preciso uma orquestração meticulosa para desempenhar um papel significativo e relevante na vida de seus clientes. No entanto, as pessoas são complicadas. Eles são emocionais e estão mudando mais rápido do que os negócios podem mudar, então manter o ritmo é um desafio constante. Essas tendências examinam essas mudanças e procuram ajudar as empresas a definir como catalisar crescimento permanecendo relevante para os clientes.”
— Accenture Life Trends 2025

No relatório deste ano, uma coisa é fato: estamos cercados pela tecnologia.

Nossa vida é cada vez mais digital, mas isso não significa que não existem mais ressalvas quanto à novidade. Justamente por lidar com tanta tecnologia, as pessoas estão mais exigentes com ela. 

Assim, o Accenture Life Trends 2025 trouxe 5 macrotendências sobre isso para o próximo ano e trouxemos um resumo de cada uma delas para o Bizi. Vem ver:

1. O preço da desconfiança

Com o aumento das infinitas possibilidades da tecnologia melhorar as nossas vidas, aumentaram também os golpes e, muitas vezes, o consumidor não sabe mais o que é real.

Principalmente em tempos de inteligência artificial generativa (a GenAI), podemos dizer que o fake já se tornou quase banal nas redes sociais, colocando a confiança das pessoas sob ameaça.

De acordo com o Accenture Life Trends 2025, no ano passado:

  • 52% das pessoas viram notícias ou artigos falsos, as famosas fake news;
  • 38,8% viram reviews de produtos falsos na internet;
  • 53% presenciaram ataques deep-fake ou golpes para uso de suas informações pessoais e/ou dinheiro.

As marcas devem criar pontos confiáveis em sua comunicação com seus clientes para conseguirem sobreviver nesse cenário. Mais do que nunca, segurança e transparência serão essenciais nas experiências digitais.

2. A armadilha da parentalidade

Enquanto é papel dos governos estabelecer regulamentação às tecnologias, é papel dos pais ensinarem seus filhos a lidar com elas de maneira saudável. E isso, nem precisamos dizer, é um enorme desafio. 

Não só porque os pais estão ainda aprendendo a fazer isso para si, mas porque os riscos do mau uso são diversos e mais graves para os jovens. 

“Pessoas de 18 a 24 anos têm mais que o dobro de chances, em comparação com aquelas acima de 55 anos, de afirmar que as redes sociais impactam sua identidade. Ao mesmo tempo, cerca de dois terços da Geração Z e Millennials reconhecem que passam mais tempo online do que gostariam (67% e 64%, respectivamente).”
— Accenture Song, Newsroom

De acordo com o relatório, os pais buscam, ao mesmo tempo, uma cura para si e proteção para seus filhos.

Não surpreendentemente, já vemos movimentos que buscam limitar o uso de tecnologias pelos jovens ou expor o quanto elas podem ser nocivas. E a tendência é que mais ações assim aconteçam, tanto no discurso quanto na prática.

3. A economia da impaciência

Você conhece alguém que sempre quer as coisas “para ontem”? Talvez sua liderança? Ou você mesmo? A impaciência para conseguir chegar ao objetivo traçado é uma forte tendência para 2025, que já pode ser sentida agora. 

  • 3 em cada 4 consumidores desejam que as empresas respondam rápido às suas necessidades;
  • 63% deles buscam nas redes sociais, inclusive com influenciadores, ideias de como fazer as coisas de modo mais eficiente;
  • 55% deles preferem soluções rápidas aos métodos tradicionais na hora de alcançar seus objetivos de saúde ou finanças;

Quando as marcas não respondem, as pessoas buscam pelas informações no coletivo. Mas elas continuam abertas às marcas dispostas a entrar nesse ritmo:

  • 68,2% das pessoas engajariam mais com uma marca que as educa por meio de blogs e vídeos.

Aliás, a conexão através do conteúdo é o caminho certo para as marcas. Além disso, a Accenture relembra a importância de investir em uma operação centrada no cliente.

4. A dignidade do trabalho

A dignidade é essencial para um ambiente de trabalho saudável, mas ela tem sido fortemente abalada pelas pressões do mercado, avanços tecnológicos e dinâmica humanas em constante evolução.

Uma delas é justamente a chegada da GenAI, que mexeu com o sentimento das pessoas. Enquanto umas acreditam que a novidade veio para somar em eficiência (44%) e na qualidade do trabalho (38%), outras se sentem ameaçadas de que a tecnologia limite sua criatividade (14%), torne o trabalho mais mecânico (15%) e gere ansiedade em relação à segurança no emprego (11%).

Além disso, o relatório também identificou que os funcionários estão mais desmotivados e distantes emocionalmente das empresas. Em outro estudo da Accenture, somente 29% dos trabalhadores acreditam que a empresa em que trabalham tem as melhores intenções como prioridade.

Seja para resolver esses problemas ou lidar melhor com a GenAI, segundo o Accenture Life Trends 2025, a liderança humanizada e a conexão um-a-um, promovendo a autonomia e incentivos, é a chave para restaurar esse ambiente.

5. A restauração do social

Já é certo: em períodos onde a tecnologia desponta, as pessoas tendem naturalmente a buscar por mais conexões humanas e tudo o que vem junto delas.

“As pessoas estão buscando por profundidade, autenticidade e riqueza sensorial em suas experiências. Eles querem engajar com o mundo de maneiras significativas, encontrando experiências que os conectem com o ambiente e uns com os outros. Isso é a restauração do social.”
— Accenture Life Trends 2025

De acordo com a Accenture, o desejo por equilibrar o físico com o digital é cada vez maior. As pessoas ainda querem se relacionar com a tecnologia, mas também buscam fortalecer suas relações com a natureza, com as pessoas à sua volta e com o próprio bem-estar.

  • Na pesquisa, 42% das pessoas disseram que a experiência mais prazerosa na última semana foi algo que fizeram na vida real. Só 15% mencionaram uma experiência digital.

Pode parecer contraditório, mas para ter sucesso em um mundo cada vez mais digital, as marcas devem se aproximar mais das experiências autênticas e imersivas fora dele também. Nesse caso, o segredo é promover conexões com o que é real.

E aí, o que achou dessas tendências? Compartilhe com o Bizi suas impressões.

+ Tendências por vir:

De acordo com esse artigo da Exame, a próxima grande tendência de viagem para 2025 é o JOMO, Joy of Missing Out, que em tradução significa “Alegria de perder” e tem tudo a ver com a última tendência que falamos aqui em cima. 

Entre os insights da conferência Business of Brands, do Ad Age, foram apresentadas as tendências de emprego na área de marketing para 2025. 

Não perca nenhuma novidade!

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