deu ruim: A Meta está sendo processada por veicular anúncios ao lado de conteúdos ilegais 

bizi | 16.01.24

O anúncio certo no lugar completamente errado. Foi assim que a Meta descolou mais um processo para si que, desta vez, tem como autores o Walmart e o Match Group (controladora do Tinder).

De acordo com as empresas, seus anúncios foram veiculados ao lado de conteúdo sexual perturbador envolvendo menores de idade.

O Wall Street Journal já tinha feito testes há alguns meses e divulgou um relatório em seu portal, mostrando que o Instagram exibiu “imagens picantes de crianças, bem como vídeos adultos abertamente sexuais para testar contas de usuários que seguem exclusivamente influenciadores adolescentes e pré-adolescentes” (Época Negócios).

Mas o assunto ganhou novas camadas quando a informação chegou ao gabinete do procurador-geral do Novo México, Raúl Torrez, no mês passado. Segundo ele:

E tudo piora quando ficamos sabendo que tanto o Match Group, quanto o Walmart identificaram esse erro e notificaram a Meta. Mas, por sua vez, a big tech ignorou total ou parcialmente os relatos.

Para o Walmart, a Meta disse que “existe uma exposição mínima a canais que a empresa não aprovou“, mas com o Match Group não houve interações.

O resultado? A empresa retirou seus anúncios da plataforma e a atitude foi seguida por várias outras marcas que passaram pelo mesmo problema.

De acordo com o Search Engine Land, o problema não é só ter seu conteúdo exposto junto com um conteúdo impróprio e gerar uma péssima assimilação da marca — apesar disso já ser bem ruim, não é? — Mas também e principalmente não atingir corretamente o público-alvo, que não tem nada a ver com esse tipo de conteúdo.

O processo também trouxe evidências e levantou ainda mais outra questão muito alarmante envolvendo a Meta: a exploração sexual de crianças na plataforma.

“Um ex-funcionário do Instagram testemunhou em novembro perante o Congresso que sua própria filha havia recebido convites online indesejados e que, quando notificou a liderança sênior da Meta, foi ignorado.”
The Guardian

Ainda de acordo com o jornal, a procuradoria-geral do Novo México apresentou “inúmeras postagens e contas no Instagram” com conteúdos sexuais impróprios, mas a Meta só retirou metade. E, além disso, mesmo depois de removidos, esses conteúdos voltavam com facilidade e o algoritmo ainda sugeria conteúdos similares ao usuário, igualmente problemáticos.

Vamos acompanhar de perto os próximos episódios dessa história. 👀Enquanto tudo isso acontece, a Meta também está encerrando algumas de suas opções mais detalhadas de segmentação de anúncios.

Por “tópicos delicados” a Meta quer dizer sobre interesses alinhados a elementos de saúde, raça e/ou etnia. Uma forma de se proteger e corrigir os diversos erros cometidos no uso antiético de segmentações assim na plataforma.

A Meta não foi específica com as opções que serão eliminadas, então é difícil medir o impacto de tudo isso. De acordo com Jon Loomer, esse é um processo gradativo que não vai parar por aqui. O especialista em anúncios da Meta já prevê um dia em que até os interesses serão retirados da segmentação. 🤳

A empresa também disse que vai avisar os anunciantes afetados pela mudança, caso alguma de suas campanhas precise de ajustes. Além disso, também prometeu oferecer recomendações alternativas sempre que possível.

É ou não é a empresa mais conflitante dos últimos tempos? O que achou dessas atualizações?

Não perca nenhuma novidade!

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