bizi | 23.01.24
Para recomeçar, um assunto que não sai das nossas pautas: a inteligência artificial.
Um estudo da Data-Makers, feito no finalzinho do ano passado com executivos brasileiros, revelou que a IA segue sendo muito importante para os negócios. Afinal, se não fosse assim, ela nem estaria aqui no Bizi.
De acordo com a pesquisa, a tecnologia é prioridade nos investimentos para 86% da classe executiva.
De fato, 56% dos C-Levels entrevistados pela pesquisa Líderes de Negócios e Inteligência Artificial disseram que a IA é extremamente importante para o futuro dos negócios.
“Existe um longo caminho para percorrer, mas o futuro da inteligência artificial nas empresas é promissor com quase metade das empresas aumentando os investimentos em IA no próximo ano.”
— Data-Makers
44% deles ainda afirmaram que pretendem aumentar seus investimentos na área nos próximos 12 meses.
De acordo com o CEO da Data-Makers, o estudo revela 4 descobertas fundamentais sobre a inteligência artificial:
1. IA não é o futuro, é o agora. A tecnologia já é vista como um asset básico de muitas empresas (como pudemos ver pelos dados);
2. IA em primeiro lugar. Além de reconhecerem que é importante, muitos líderes já consideram a IA como prioridade em seus negócios;
3. Um longo caminho pela frente. Apesar de estarem determinados a investir e usar a IA, os executivos reconhecem que ainda estão em um estágio pouco avançado da tecnologia. Para 39% deles, seu desempenho em relação à IA está abaixo do mercado.
4. Mas o futuro é promissor. Ao mesmo tempo em que reconhecem a pouca experiência, os líderes também estão conscientes de que devem começar agora. De acordo com o Mundo do Marketing, projetos de automação de processos, apoio à tomada de decisões e desenvolvimento de novos produtos são as principais aplicações planejadas.
🧑💻 Para conferir todos os insights da pesquisa, o Data-Makers fez um webinar completíssimo e cheio de dados, disponível no canal de YouTube da empresa.
E se a gente fala da inteligência artificial ganhando cada vez mais espaço, não tem como pensar em quem vai ter que cedê-lo.
Um estudo do Fundo Monetário Internacional (FMI) mostrou que até 60% dos empregos em todo o mundo devem ser afetados de alguma forma pela chegada da tecnologia.
“Em países emergentes, pelo menos 40% dos empregos devem sofrer os impactos da adoção da inteligência artificial, enquanto esse total sobe para 60% nas nações desenvolvidas. O Brasil, aliás, aparece como uma das peças centrais do levantamento, com o FMI apontando nosso país com um nível de exposição de 41% à influência da tecnologia no mercado de trabalho.”
— Canaltech
Claramente, a adoção da tecnologia é inevitável, segundo o FMI. Mas, apesar do que parece, o tom do estudo não é alarmista, mas atenuante no que diz respeito ao ritmo dessa substituição.
De acordo com o órgão, a IA vai atuar “mais como um acessório a trabalhos já desempenhados”, e não como um atestado de que eles não são mais necessários. Parece uma coisa tão sutil, mas muda completamente o que já vimos em outras abordagens.
O estudo apresenta que, ao contrário do que aconteceu na revolução industrial, agora o foco da substituição pode estar nos trabalhos intelectuais. Portanto, criativos, se preparem, mas não se desesperem.
Para complementar as atualizações sobre esse assunto, pesquisadores do Laboratório de Ciência da Computação e Inteligência Artificial do MIT publicaram um estudo nesta segunda-feira (22) em que mostram que podemos até ser substituídos pela tecnologia, porém isso não deve acontecer tão cedo.
O principal motivo para essa nova conclusão é que, economicamente falando, a substituição pela IA pode não ser tão vantajosa para os negócios agora.
De acordo com Neil Thompson, um dos autores do estudo, em muitos casos, os humanos ainda são a maneira “economicamente mais atraente” de executar o trabalho. Que bom, não é?
Por fim, o estudo conclui que a substituição pode acontecer, sim, mas em um ritmo gradual.
Ou seja, pelo menos por enquanto, podemos respirar aliviados. Mas o recadinho do coração da redação é não deixar passar as oportunidades de entender a tecnologia, testar muito e se especializar para que o material humano continue sendo imprescindível aos negócios.
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