bizi | 29.04.25
Sim, o Bizi tá em todos os lugares ao mesmo tempo. Enquanto a gente acompanha de perto tudo o que tá rolando no Web Summit Rio, também preparamos uma edição quentinha para você. Hoje, tem insight sobre os bilhões investidos na publicidade digital brasileira, um panorama de como os brasileiros estão consumindo notícias, o rebranding polêmico da Chiquinho Sorvetes, as transformações no comportamento do novo consumidor latino e os desafios — de sempre — da logística no Brasil.
Se alguém ainda tinha dúvida de que o digital reina em absoluto, o novo levantamento do IAB Brasil em parceria com a Kantar Ibope Media veio com o selo de comprovação.
Em 2024, as marcas brasileiras investiram R$ 37,9 bilhões em publicidade digital, o que representa um crescimento de 8% em relação a 2023. E olha que a base já era alta: no ano anterior, o número fechou em R$ 35 bi.
Desde o início da série histórica do estudo, lá em 2020, o crescimento total foi de 60%, com uma média consistente de alta entre 7% e 8% ao ano. E os números não param por aí.
A maioria do investimento continua sendo feito via agências: 67% da verba digital passou por elas. Os anunciantes diretos respondem pelos outros 33%. E quando a gente fala em como esse dinheiro circula, quase 70% das aquisições são feitas via plataformas de programática.
Nos formatos, o vídeo segue como o queridinho das marcas:
Sendo que:
Nas plataformas, as redes sociais abocanharam 53%, enquanto as buscas ficaram com 28% e os portais/verticais com 19%.
Um dos destaques do estudo foi o crescimento expressivo do retail media, que movimentou R$ 3,5 bilhões em 2024, um crescimento de 41% em comparação com o ano anterior. As marcas estão entendendo que ponto de venda agora também é ponto de conteúdo.
A grana está indo para o digital, mas de forma cada vez mais estratégica. 💸
Hoje, a grande sacada é não é apenas estar presente, mas sobre como estar. Por isso, é importante usar dados para segmentar bem, personalizar a mensagem e pensar em formatos que criem conexão real com as pessoas.
Retail media, podcasts, conteúdo proprietário, collabs, creators e branded content são algumas das peças que completam esse quebra-cabeça complexo, mas que vale a pena, da publicidade brasileira.
E você, qual sua aposta (ou investimento) para esse mercado em 2025?
Se você achava que todo mundo se informava só pelo feed, se enganou. Segundo um levantamento da YouGov, a televisão ainda é a campeã na hora de consumir notícias no Brasil — 68% dos entrevistados preferem se atualizar pela TV aberta.
Mas o digital não está tão atrás assim:
E tem mais, conversa com amigos e família também conta — 37% das pessoas confiam no boca a boca para saber das novidades. Enquanto o rádio segue com 28% e podcasts 26%.
Falando em novidades, as newsletters já superaram os impressos:
E o que isso tudo significa para quem trabalha com marketing e mídia?
Segundo David Eastman, diretor-geral da YouGov Latam, o caminho é combinar TV + digital para ter alcance e engajamento — e usar formatos como podcasts e newsletters para criar relacionamento mais profundo com o público.
A dica de ouro: pense em conteúdo compartilhável, multimídia e segmentado. A audiência quer praticidade, variedade e, claro, informação na palma da mão.
Seguindo a linha de outras marcas, a Chiquinho Sorvetes decidiu dar uma repaginada no próprio visual e apostou… no óbvio.
Novo logo, lojas de cara nova e uma identidade visual mais minimalista e “moderna”.
No entanto, a repaginada no visual não agradou muito. A nostalgia falou mais alto e o público não engoliu fácil o fim da estética clássica que fazia parte da memória afetiva de muita gente.
Tanto que nas redes sociais, a reação foi praticamente unânime: “Perdeu a essência”, “Virou marca genérica”, “Não precisava mudar”.
A nova identidade até manteve as cores e alguns elementos circulares, mas trouxe uma tipografia diferente e formas mais clean.
E não parou por aí. As lojas também entraram no clima minimalista, com ambientes mais claros e visual simplificado. Mas o que era para ser “sofisticação contemporânea” virou, para parte do público, uma experiência genérica e sem o aconchego que a marca transmitia antes.
A empresa ainda não se posicionou sobre os comentários, mas fica a dúvida: vai segurar a bronca ou ajustar o rumo?
Seja qual for o caminho, o caso Chiquinho reacende a pergunta que assombra muitos rebrandings: quando a identidade visual evolui, e quando ela simplesmente… se apaga?
Compartilhe sua opinião com a gente sobre esse rebranding.
A VML Latam lançou um relatório com 20 tendências que prometem guiar empresas e líderes em 2025.
E de cara já avisamos: entender o consumidor latino-americano vai exigir olhar com carinho para tecnologia, cultura pop e até para comidas com sabores diferentões.
O estudo, que combina dados robustos e olhar cultural, mapeia como grandes movimentos globais se adaptam ao jeitinho da América Latina — e traz alguns destaques que a gente já adianta aqui:
1 Geração Z no modo fuga
69% dos jovens da região veem a tecnologia como uma válvula de escape da realidade. Para as marcas, fica a oportunidade de criar experiências digitais imersivas e estimular a conexão no mundo real.
2 Menos Tinder, mais barzinho
Na vida amorosa, 36% dos entrevistados preferem conhecer novas pessoas ao vivo, em ambientes sociais, em vez de ficar só no match de app. Voltar para o “olho no olho” é tendência novamente!
3 Fandoms são ouro
Mais da metade dos consumidores topariam entrar em um fã-clube da sua marca favorita. Assim, quem criar comunidades de verdade vai sair na frente.
4 Influência local importa
Apostar em criadores e influenciadores locais é cada vez mais estratégico para criar conexão cultural real.
5 Sabores que emocionam
No setor de alimentos e bebidas, o diferencial agora é ser divertido, ousado e apelativo ao emocional — afinal, em tempos difíceis, todo mundo busca um momento de leveza.
6 Beleza + experiência
O mercado de beleza está apostando em ativações imersivas e collabs criativas para fortalecer o vínculo emocional com o público.
Em resumo, usar tecnologia + imaginação é o combo perfeito para marcas que querem construir futuros mais positivos em meio a tanta incerteza.
E para conferir o relatório completo, clique aqui.
Sim, já temos as primeiras pesquisas sobre 2025 e, desta vez, os insights são sobre o mercado de logística brasileiro.
A Loggi lançou a primeira edição do Mapa da Logística — e se você vende online, com certeza vai querer ficar de olho.
No total, o estudo analisou mais de 18 milhões de pacotes enviados para mais de 5 mil municípios brasileiros, movimentados por 20 mil empresas de diversos setores.
Com base nisso, o levantamento reuniu dados e tendências sobre entregas no Brasil entre janeiro e março de 2025 e já dá pistas valiosas de como o mercado está se comportando — e o que seu negócio deve fazer para acompanhar essas movimentações.
Só para ter uma ideia: um pedido novo foi enviado a cada 7 segundos no país. E 55% desses pacotes chegaram ao destino em até três dias.
O eixo Sul-Sudeste segue dominando o mercado, mas o Nordeste também marcou presença forte, com destaque para Bahia, Ceará e Pernambuco.
Entre os estados que mais se destacaram em crescimento de envios estão:
E falando de produtos: as categorias de moda e cosméticos/perfumaria continuam reinando em todas as regiões, mas também teve crescimento expressivo em outros segmentos, como:
O volume de envios desse segmento cresceu 134% em comparação ao primeiro trimestre de 2024. E na Semana do Consumidor (10 a 16 de março), o crescimento foi ainda mais absurdo — +154% para PMEs, enquanto grandes marcas cresceram “só” 49%.
Basicamente, o Brasil segue acelerando na logística.
Entre estudos e polêmicas nos despedimos desta news. Estaremos em sua caixa de entrada na próxima sexta-feira, pós-feriado, com todos os insights sobre o Web Summit Rio 2025 — e até lá esperamos que nenhum outro rebranding “clean girl” aconteça.
Confira nossos outros conteúdos