última news: Visões do futuro

bizi | 28.01.25

Não é bola de cristal nem leitura de cartas; nosso método de prever o futuro é muito mais apurado: dados e comportamento humano que resultam em tendências relevantes. No Bizi de hoje, você vai ter um vislumbre desse futuro com um resuminho do The Future 100: 2025, da VML, o guia do IAB Brasil para a CTV e o novo chatbot (e a concorrência) da DeepSeek. Vem com a gente!


PREVISÃO DO MERCADO: The Future 100: 2025, da VML

Um vislumbre do futuro com o report The Future 100: 2025, da VML Intelligence

Vocês pediram e o nosso parecer de um dos maiores estudos de tendências do mundo veio para aí: vamos desvendar juntos um vislumbre do futuro com o The Future 100: 2025, da VML.

O “The Future 100” é um estudo global sobre as principais tendências e mudanças para o próximo ciclo, feito pela VML Intelligence, braço de pesquisa do grande grupo de publicidade.

O objetivo é bem simples: em um mundo cada vez mais volátil e rápido, fazer com que as marcas se tornem à prova de futuro — o que nos lembra desse ranking da Timelens, muito interessante também.

Ao todo, são 100 previsões para o futuro, divididas em 10 setores, com base em 14 países pesquisados, incluindo o Brasil.

É claro que, por mais que a gente ame tendências, é impossível trazer todas em uma só news. Por isso, 1) fizemos um resuminho com 1 destaque de cada setor, na nossa opinião, e 2) já deixamos aqui o link para você baixar o material (em inglês) gratuitamente e descobrir as outras 90 tendências.

O estudo já começa com um ponto de vista muito interessante sobre 2025: este é um ano de paradoxos.

“Se prepare para um ano paradoxal, onde o surreal encontra o real, a tecnologia avançada encontra a desconexão, e o surgimento dos trilionários colide com os cortes de custo. (…) as marcas precisarão ficar confortáveis com a complexidade e encontrar necessidades que parecem opostas.”
— Emma Chiu and Marie Stafford, Global Directors — VML Intelligence

Algumas descobertas gerais do material são:

  • Na era que vivemos, o otimismo é frágil e caiu desde 2024. Em meio ao que o estudo chama de “metacrise”, a ansiedade em relação ao dinheiro, segurança e o clima tem muito peso;
  • Os consumidores estão priorizando gastos essenciais, como gastos com filhos, alimentação e saúde;
  • Porém, suas prioridades atuais são: crescimento pessoal (40%) e paz (39%);
  • Agora, com relação às marcas, os consumidores esperam que elas sejam honestas e “pé-no-chão”, mas, ao mesmo tempo, façam um show e as mantenham entretidas.

Os 10 setores mapeados são:

  1. Cultura
  2. Tecnologia
  3. Viagem e hospedagem
  4. Marcas e marketing
  5. Comida e bebida
  6. Beleza
  7. Varejo
  8. Luxo
  9. Saúde e bem-estar
  10. Inovação

Vem conferir o que mais nos chamou a atenção em cada um deles.

#08 O movimento analógico (Cultura)

Com mensagens no WhatsApp, calls, e-mails, etc., a busca pelo analógico e offline aumentou muito. 

  • 84% das pessoas concordam que são menos presentes hoje por causa do aumento da tecnologia;
  • 88% desejam que a vida pudesse ser mais simples às vezes.

De acordo com Stefan Walters, psicólogo entrevistado pela VML Intelligence, isso demonstra a sede por conexões humanas e o contato com a natureza. E há algo muito primário nisso: vem da nossa infância e cria um senso de conforto e nostalgia.

Marcas podem fazer parte dessa busca ao oferecer mais experiências reais e físicas, que conversam com essa aspiração mundial.

#19 Realidades compartilhadas (Tecnologia)

O próximo passo da evolução das experiências tecnológicas é fazer com que elas aconteçam sem a necessidade de gadgets, como óculos ou headsets, e em grupo.

Por meio de tecnologias imersivas, as pessoas não precisam mais estar no local do entretenimento para presenciá-lo. E já existem testes bem sucedidos nesse sentido, como partidas de futebol e UFC na doma de 26m de diâmetro, coberta de telas de LED, construída pela Cosm.

O resultado é uma experiência que expande os limites do virtual e do mundo físico, tão emocionante quanto o ao vivo.

  • Aliás, segundo o estudo, 43% da geração Z já não vê diferença entre virtual ou físico — tudo é real para eles.

#22 Destino solitude (Viagem e hospedagem)

Não é viajar sozinho; é viajar com o objetivo de restaurar a solitude, a virtude de estar sozinho e curtir sua própria companhia. E essa é uma tendência crescente.

  • 63% da GenZ e 59% dos millennials dizem que gostam de viajar sozinhos;
  • E não são só pessoas conhecidas. De acordo com o Black Tomato, a busca por lugares mais remotos aumentou 40% desde 2021.

O material aponta a solitude como uma nova forma de lazer. Por isso, marcas podem aproveitar essa trend ao oferecer essa tranquilidade e espaço que os viajantes tanto procuram.

#37 Branding humilde (Marcas e marketing)

No lugar da grandiosidade, algumas marcas estão apostando no dia a dia dos consumidores, com envolvimento emocional, uma dose de humor e o que podemos chamar de um branding mais humilde. 

Um dos motivos pode ser a falta de confiança nas marcas “comuns”:

  • Apenas 13% dos consumidores confiam totalmente nas marcas que usam para obter informações apuradas.

Uma abordagem mais honesta e autêntica pode ajudar:

  • 82% dos consumidores entrevistados disseram que preferem anúncios com uma abordagem mais simples, que não faz grandes apelos comerciais.

#50 Três ingredientes quentes (Comida e bebida)

No geral, as tendências nesse setor apontam para uma gastronomia menos padronizada e mais criativa, bastante voltada para o bem-estar, como alimentos e até drinks funcionais, e muita inovação, abraçando uma culinária global e irreverente, mas que também valoriza a agricultura local.

Para exemplificar tudo isso, o The Future 100: 2025 elencou 3 ingredientes quentes para ficar de olho:

  • Óleo culinário de algas — uma opção, muitos benefícios: sabor neutro, mais saudável e sustentável, com metade da pegada de carbono do óleo obtido a partir do avocado e 10x menos água na produção que outros óleos vegetais.
  • Duckweed (ou lentilha-d’água) — uma plantinha aquática que nasce na superfície de água doce, com bons índices sustentáveis e grande quantidade de proteínas. Só a Plantible Foods já transformou a planta em massas, produtos sem-glúten e um substituto vegano para preparações que levam ovo.
  • Makhana — essa espécia de “pipoca subaquática” (porque explode igual ao milho), pode se tornar o novo superalimento do mercado, com alto teor de vitamina B, proteínas e fibras. A expectativa é que ele se torne um substituto saudável para batatas chips.

#52 Beleza algorítmica (Beleza)

Nessa interseção entre realidade e tecnologia, nossa percepção sobre beleza também passa por uma reconfiguração. Principalmente depois da chegada da IA, especialistas e consumidores estão expandindo barreiras para construir o próximo look perfeito.

“Marcas e criadores de IA têm a oportunidade de definir a próxima geração de ideais de beleza digital — tornando esse cenário mais inclusivo e diversificado, e talvez dando mais passos para ir além da forma humana.”
— The Future 100: 2025, VML

De fato, 65% da população global acredita que as ferramentas de IA farão com que criativos sobre o futuro da beleza.

#67 Subconsumo (Varejo)

Seja motivado pelas finanças, pela sustentabilidade ou por pura sobrecarga da cultura do consumo, a onda da vez é consumir menos. 

O movimento, é claro, é super incentivado pelas redes sociais, tendo como tag principal a  #underconsumptioncore.

Em um post com mais de 520 mil likes, a influenciadora alemã Gittemarie Johansen falou sobre como o fast-fashion e o consumismo exacerbado incentiva comportamentos ruins

E pessoas de todas as idades já começaram a entrar nessa contra-cultura também:

  • 69% dos consumidores globais disseram que agora estão comprando ou acumulando menos coisas como uma escolha de estilo de vida.

#71 Pet-elite (Luxo)

Isso, sim, é elite! Desde viagens em jatinhos privados a hospedagens 5 estrelas e joias personalizadas, a vez de “luxar” é dos pets.

Quem tem um pet, sabe: além de uma grande responsabilidade, também existem muitos sentimentos envolvidos, como se o bichinho fosse realmente parte da família. É natural dos tutores quererem o melhor para seus pets.

  • 77% dos consumidores “pais de pet” afirmaram que estão gastando mais com seus pets do que antes, apesar da situação econômica.

E isso reflete diretamente no crescimento dessa indústria: até 2030, a expectativa é de que esse setor chegue a US$ bilhões de valuation — em 2023 eram “apenas” US$ 320 bilhões.

#84 Carreiras de longa duração (Saúde e bem-estar)

Se, por um lado, o envelhecimento da população aponta que estamos vivendo mais e redefinindo as expectativas de vida, por outro, ele também indica que não vamos parar de trabalhar tão cedo.

  • De acordo com um relatório do Pew Research Center de 2023, 19% das pessoas com 65 anos ou mais estão empregadas;
  • Trabalhadores com 75 anos ou mais são o grupo etário que mais cresce em força de trabalho — o número desses profissionais no mercado mais que quadruplicou desde 1964.

A solução para as carreiras serem mais duradouras nesse novo normal pode ser desde aprender uma nova profissão ou aprender mais sobre a tecnologia. Além, é claro, de ser ainda mais importante trabalhar com algo que você goste.

  • 81% das pessoas concordam que uma carreira que você ama pode durar toda a vida; 79% dizem que o trabalho oferece um valioso sentido de propósito na vida.

#91 Humanos aumentados (Inovação)

Tão inovadoras que chegam a ser consideradas como “doping tech” nos esportes, inegavelmente, as invenções voltadas a roupas e calçados que ajudam a correr, escalar e até treinar, estão expandindo o potencial humano.

“De calças de mobilidade a ‘supersapatos’ em spray, com tecnologia, as roupas estão turbinando o desempenho físico.”
— The Future 100: 2025, VML

Por outro lado, também vale destacar que, como acessórios de treinamento, essas peças protegem os atletas e ampliam o ganho dos treinos, além de devolver qualidade de vida para pessoas com limitação de mobilidade e perda de musculatura.

O material encerra dizendo que ser um super-humano nunca foi tão bom — e a gente acrescenta também “tão possível” quanto agora.

O que achou dessas tendências do The Future 100: 2025?

Vale muito a pena conferir o material todo e descobrir outras trends que prometem se consolidar no futuro!


DATA NOSSA DE CADA DIA: Guia do IAB Brasil para a TV Conectada

A TV Conectada, ou CTV, evoluiu — e os anúncios nesse meio também. Mas, segundo o IAB Brasil, a falta de padronização ainda é um obstáculo para que essa evolução continue.

Por isso, o instituto brasileiro pegou dados do panorama dos formatos de anúncios para CTV, desenvolvido pelo IAB US, e acrescentou dados da realidade no nosso país para oferecer uma visão mais aprofundada desse mercado.

Além de informar as principais tendências do meio, o objetivo do instituto é padronizar os formatos de anúncios, trazendo mais estabilidade, eficiência, conexões mais fortes entre anunciantes e seu público e, claro, inovação para o setor.

“Para aumentar a escala das inovações e permitir o crescimento programático, a padronização dos formatos é essencial.”
— IAB Brasil

O resultado foi o “O panorama dos formatos de anúncios para CTV: como a padronização pode impulsionar o crescimento programático e a inovação”, um material completo e com tantos insights quanto caracteres no título, rs.

Vamos aos highlights desse estudo?

Duas descobertas interessantes também foram:

A duração ideal do anúncio depende das necessidades da marca

Anúncios de 15, 30 e 60 segundos são universalmente aceitos, mas, vale destacar, um estudo da Innovid descobriu que os anúncios de 15 a 30 segundos oferecem a maior taxa de conclusão de vídeo (93.88% contra 95.92%);

45% dos maiores investidores atualmente desenvolvem estruturas personalizadas, mas o objetivo é aumentar ainda mais no futuro

Para o futuro, os anunciantes buscam investir ainda mais em experiências interativas e personalizadas. Isso inclui maior uso de dados de primeira pessoa, formatos não intrusivos e uma experiência mais holística com a marca.

Por fim, o IAB Brasil ainda deixou 4 insights principais a partir das descobertas do panorama:

  • A tecnologia está aprimorando os novos formatos de anúncios. A dica é aproveitar essas novidades, inclusive a IA generativa e outros recursos aprimorados;
  • Colaborações e parcerias são oportunidades-chave para a inovação, por isso, invista em parceiros estratégicos para criar formatos inovadores de anúncios. Segundo o relatório, a maioria dos anunciantes já conta com essas parcerias;
  • Encontre o equilíbrio entre inovação e padronização. De acordo com a previsão do IAB, a própria padronização levará à inovação dos anúncios e à expansão do mercado;
  • O marketing deve considerar os objetivos ao escolher os formatos de anúncios para CTV. Parece óbvio, mas cada formato serve para um objetivo distinto, por isso, leve em conta essa diversidade. Depois, não esqueça de usar recursos de analytics avançados para garantir que o objetivo escolhido foi cumprido.

O guia deixa claro que “o futuro da publicidade em CTV no Brasil é muito promissor”, basta saber aproveitar essa tendência e evoluir junto com o setor.

Para saber todos os detalhes, é só baixar o relatório gratuitamente aqui.

+ Dados do consumidor brasileiro:

De acordo com o Consumer Insights Q3 2024, elaborado pela divisão Worldpanel da Kantar, no final de 2024 os brasileiros foram mais vezes ao mercado, mas diminuíram o carrinho. Entenda melhor. 

A Kids Corp também analisou o público br, mas especificamente os hábitos e hobbies das crianças e adolescentes por aqui nesse período de volta às aulas. 

O Índice de Confiança do Consumidor (ICC), realizado pela FGV, apontou a maior queda na confiança do consumidor brasileiro desde fevereiro de 2023. Segundo economistas da FGV, a queda foi uma soma de frustrações com as perspectivas futuras e as condições atuais. 


ESTA É NEW: Novo chatbot da DeepSeek: a nova IA que pretende superar todas as outras no futuro próximo

Uma ameaça silenciosa e poderosa vinda da China pode até parecer papo de conspiração, mas, na verdade, é o novo chatbot da DeepSeek, uma startup chinesa de inteligência artificial que mostrou não estar aqui para brincadeiras.

Dá uma olhada nesses dados:

  • Lançado apenas na semana passada, o chatbot conseguiu ultrapassar o número de downloads do famigerado ChatGPT, da OpenAI, na loja de aplicativos da Apple nesta segunda-feira (27);
  • Baseado no modelo DeepSeek-V3, ele também foi considerado o app mais bem avaliado nos EUA. Essa deve ter doído no Sam Altman;
  • Além do chatbot em si, a DeepSeek detém a vantagem de usar menos dados a um custo menor do que outras certas ferramentas, o que a torna uma opção mais viável.

“A rápida ascensão do app motivou a queda das ações de outras empresas desse ramo, como Oracle e Nvidia, esta última, inclusive, perdeu um valor recorde de US$ 465 bilhões em valor de mercado após suas ações caírem até 13%.”
— Meio & Mensagem

Uma péssima notícia não só para essas empresas, mas para basicamente todos os outros CEOs e donos de grandes empresas de IA, que estavam certos de fazer dos Estados Unidos a referência mundial na tecnologia.

Ainda é cedo para afirmar esse pódio, tanto para um lado quanto para o outro. O que sabemos é que, a partir de agora, a concorrência (tecnológica e política) tende a apertar ainda mais.

Em outro lançamento, dessa vez do Janus Pro-7B, modelo de geração de imagens por IA, a DeepSeek também se destacou. De acordo com a empresa, o novo Janus superou o DALL-E 3 (OpenAI) e o Stable Diffusion (Stability AI), em um ranking para a geração de imagens usando comandos de texto do usuário.

“O Janus Pro obteve resultados de imagem mais estáveis e visualmente atraentes ao adicionar 72 milhões de imagens sintéticas de alta qualidade e equilibrá-las com dados do mundo real, acrescentou o relatório.”
— Forbes

Além de informar, ainda não podemos dar nosso parecer sobre a ferramenta. Depois de tanto sucesso na estreia, a DeepSeek restringiu temporariamente o cadastro de novos usuários no chatbot, depois de um ataque cibernético. É o preço da fama.

Mas quando as coisas voltarem ao normal, vale lembrar que o chatbot da DeepSeek é gratuito para usuários individuais e tem um custo de US$ 0,14 por milhão de tokens para desenvolvedores, contrastando fortemente com os US$ 2,50 do GPT-4o, da OpenAI.

+ O lado ruim da IA:

De acordo com um estudo recente publicado na Societies, a IA pode estar reduzindo nossa capacidade cognitiva e pensamento crítico, por causar uma espécie de dependência nos usuários. 

Ainda segundo uma pesquisa da Chadix com mais de 2 mil líderes empresariais, empreendedores e profissionais, a chegada da IA no mercado de trabalho vai impactar todas as gerações, sem exceção. A diferença é a forma como isso vai acontecer.


🔮 Depois desse tanto de tendências, você se sente à prova do futuro? Por melhor que essa sensação seja, é hora de voltar para o presente e focar nos insights que podemos usar agora, como um feedback para a redação. 🙂 Nos vemos na próxima news!

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