bizi | 22.11.24
Essa notícia juntou duas pautas recorrentes no Bizi neste ano: fim de monopólio e mudanças drásticas no Google. Não à toa, também ganhou destaque em todo o mundo nesta semana.
Para quem está chegando agora, o Departamento de Justiça dos EUA (DOJ) quer que o Google se separe do Chrome, o navegador nativo do buscador, alegando que a relação entre ambos caracteriza um monopólio no setor.
Não tem como negar que ambos são verdadeiras potências na world wide web. É como aquele meme brasileiro: se juntas já causam, imagina juntas.
Ao longo de 2024,o Google foi enquadrado de diversas formas, mas por motivos similares. Com a proposta de separação do Chrome não é diferente: a big tech detém um dos maiores banco de dados sobre usuários do mundo — senão, o maior de todos. E tudo isso graças a “produtos”, como o Chrome.
Para o governo dos EUA, que anda marcando em cima de situações assim, isso é, sim, monopólio da empresa porque acaba favorecendo seu mecanismo de buscas.
É um ciclo bem simples de entender: mais dados = mais precisão nos anúncios = mais empresas querendo anunciar com ela.
“O comportamento ilegal do Google privou os rivais não apenas de canais de distribuição essenciais, mas também de parceiros de distribuição que poderiam, de outra forma, permitir a entrada de concorrentes nesses mercados de maneiras novas e inovadoras. (…) O campo de jogo não é nivelado devido à conduta do Google, e a qualidade do serviço reflete os ganhos ilícitos de uma vantagem adquirida ilegalmente. A solução deve fechar essa lacuna e privar o Google dessas vantagens.”
— Declaração oficial do Departamento de Justiça dos EUA (DOJ)
Mas não é só essa separação que o DOJ busca. Entre as determinações do departamento também estão:
O Google já se pronunciou sobre as determinações e foi na voz de Kent Walker, presidente de assuntos globais da Alphabet (subsidiária do Google).
Segundo ele, essas soluções são “extremamente amplas” e podem prejudicar consumidores, colocando a privacidade e a segurança de milhões em risco. Uma escolha interessante de palavras e prioridades, não?
Concordando ou não com tudo isso, o que começou no governo Biden só terá um fim no governo Trump, no ano que vem. A previsão é de que as audiências que decidirão se o Google está certo ou errado aconteçam em abril de 2025.
Porém, nessa matéria do Meio & Mensagem, o portal já fez uma projeção de como isso impactaria na publicidade. Vale a pena conferir.
Se fosse para escolher um lado, você estaria do lado de quem nessa polêmica?
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