bizi | 03.05.24
Hoje é sexta-feira, o último dia de expediente para grande parte do proletariado. Mas para uma parte bem pequena dele, que faz parte do teste da semana de 4 dias, hoje já é final de semana. Vem conferir os resultados desse novo modelo e mais insights sobre estresse no trabalho, IA na comunicação e o novo case da Airbnb.
Desde quando a ideia da semana de 4 dias surgiu, ela já veio parar aqui no Bizi.
E não, não é só porque a redação gosta de flertar com essa ideia quando não estamos fazendo a nossa curadoria. É porque esse é um movimento importante e transformador no mercado de trabalho, que não vemos desde quando a pandemia chegou trazendo consigo o advento do home office.
Hoje, ela já é mais do que uma ideia e, na verdade, já está até dando resultados!
Vale lembrar que, por enquanto, apenas 21 empresas brasileiras estão participando do projeto. O modelo acordado é conhecido como 100-80-100:
Até agora, os resultados desse sistema foram:
Impressionante, não é?
Mas, bem mais convincente que essas porcentagens, é a forma como os 280 profissionais que participaram do teste estão se sentindo sobre a semana de 4 dias:
De acordo com a Forbes, esses resultados acompanham o que já aconteceu em outros países que adotaram a semana de 4 dias. Para a fundadora da Reconnect Happiness at Work, Renata Rivetti (que já apareceu nesse Bizi sobre trends do futuro do trabalho), isso representa um movimento necessário para todo o mercado.
Mas para implementar, não é da noite para o dia, ok? As empresas que toparam o desafio de trazer a semana de 4 dias para cá, tiveram uma preparação de três meses para reorganizar a forma de trabalho.
No entanto, agora que elas já passaram por diversos processos e aprendizados, está mais do que comprovado que a vista é muito boa do outro lado da semana de 4 dias.
O que você acha desse modelo?
Se você está no mercado há pelo menos 4 anos com certeza já ouviu/viu sobre o burnout. Essa expressão (que entrega logo de cara o que esse estado provoca) foi o nome dado para esse esgotamento extremo em decorrência do trabalho, reconhecido pela OMS em 2022.
Inclusive, falamos recentemente aqui no Bizi sobre como essa doença ocupacional tem afetado diferentes gerações, mas principalmente os millennials.
Enquanto o burnout caracteriza um esgotamento até a exaustão, o burnon também caracteriza uma relação não-saudável com o trabalho que pode trazer problemas físicos e mentais a longo prazo. Mas, nesse caso, nem sempre ele é percebido.
“Na prática, as pessoas com burnon continuam produtivas apesar da exaustão, não se afastam do trabalho e experimentam o sofrimento psíquico de forma silenciosa.”
— Tatiana Pimenta, fundadora da Vittude, Forbes
De acordo com os autores do termo, o psiquiatra Timo Schiele e o psicoterapeuta Bert te Wild, burnon significa “um estado constante de fadiga e sofrimento extremos”, mas não necessariamente termina em colapso total.
Mesmo não sendo uma lenda corporativa, o burnon não é reconhecido pela comunidade científica. Segundo alguns especialistas, isso pode atrapalhar o diagnóstico eficaz; segundo outros, pode gerar desinformação e até confundir as pessoas.
O fato é que burnout e burnon são faces diferentes de um mesmo problema e, de acordo com a fundadora do Vittude, podem até ser estágios diferentes do mesmo quadro.
“Na prática, a gente pode plantar um burnon e colher lá na frente um burnout.”
— Tatiana Pimenta
Segundo ela, os principais sintomas para ambos são:
Para contornar não só os sintomas, mas o estresse crônico no trabalho, a solução vem em duas etapas:
O suporte psicoterapêutico é essencial para acompanhar e reverter os danos, mas não é só isso. Muitas vezes, também será preciso fazer mudanças no ambiente de trabalho — e isso aqui é tarefa de casa para toda a liderança!
Para todos os profissionais, mas principalmente para quem sofre com um burnon, é crucial estabelecer limites entre vida pessoal e profissional, o que pode ser bem desafiador para o home office, por exemplo.
E a máxima que todo mundo já sabe de cor: atividade física + alimentação saudável + boas noites de sono = saúde. Não tem jeito, quem falava isso estava certo desde o princípio!
“Não adianta tentar se esconder: estamos em 2024 e a inteligência artificial já está aqui, disponível para todos.”
— Humanização x Robotização na Comunicação
Definitivamente, a IA já faz parte do nosso dia a dia, inclusive enquanto profissionais. Esse é o pressuposto de partida para a pesquisa que trouxemos hoje aqui no Bizi.
O Grupo Virta se uniu ao Instituto QualiBest para fazer uma pesquisa qualitativa robusta, com líderes de Comunicação e Marketing de grandes empresas em diversos segmentos sobre, adivinha, o status da inteligência artificial em suas operações.
Foram 10 entrevistas em profundidade para responder 3 questões-chave:
O report se baseia também nos principais desafios da área de Comunicação para os gestores hoje:
“Para lidar com esses desafios, a maioria dos entrevistados disse utilizar a inteligência artificial de alguma forma, seja por meio de ferramentas, seja com o desenvolvimento de seus próprios aplicativos.”
— Humanização x Robotização na Comunicação
Por falar neles, vamos aos principais insights da pesquisa?
Lembra das questões-chave iniciais? O report da Virta traz uma conclusão para cada uma delas:
Resumidamente, os impactos das novas tecnologias são positivos. Apesar das incertezas sobre a segurança das ferramentas, a IA já está em uso nas demandas diárias — e isso não vai regredir.
Além disso, os gestores acreditam que o que dita mesmo o rumo da tecnologia é o potencial do profissional que está por trás.
As vantagens mais citadas foram otimização do tempo e dos recursos, ganho em escalabilidade, abrangência maior de informações e imparcialidade dos softwares. Elas se sobrepõem até mesmo às desvantagens apresentadas, já que as recompensas são notáveis.
Segundo o report, houve um aumento significativo no investimento financeiro, mas poucas empresas destinam esse investimento especificamente para ferramentas de IA.
De acordo com os gestores, a maioria dos softwares contratados usa a tecnologia de alguma forma, mesmo que indireta, e ter IA não é um requisito que faz diferença na contratação. Mas esse já é um caminho.
O report ainda traz muito mais insights sobre o uso da IA e as impressões de quem já lida com a tecnologia no dia a dia. Vale a pena conferir na íntegra neste link.
E aí, o que achou sobre o avanço da IA na Comunicação?
Passar uma estadia na mansão dos X-Men ou ficar na casinha de Up: Altas Aventuras enquanto milhares de balões a levantam do chão? Graças à nova estratégia do Airbnb, essas são opções que já podem entrar no seu próximo roteiro de viagem!
Acontece que o lançamento da empresa de experiências e locações por temporada não poderia estar mais de acordo com essa premissa.
As 11 experiências disponíveis até agora são:
“O que mais me anima sobre o design nos Icônicos é o poder que ele tem de conectar as pessoas de todo o mundo. Todos os itens que estão presentes nessas experiências foram pensados e desenhados para captar a imaginação de todos e agora nós temos experiências para todos os gostos. A ideia é aproximar as pessoas dos seus artistas, filmes e desenhos favoritos, tanto que as descrições têm a linguagem dos ‘guests’, como o Carl de Up e a Jubilee de X-Men”
— Teo Connor, VP de Design do Airbnb
Mas, antes que você saia correndo para a plataforma do Airbnb para reservar um Icônico, não será bem assim.
Ao todo, 4 mil pessoas serão convidadas para viver essa experiência icônica. A boa notícia é que você pode se candidatar para ser uma delas por esse link. Isso é o que chamamos de gatilhos de exclusividade e escassez!
O que achou desse case? Conta pra gente!
🤩 Mesmo que você não esteja na semana de 4 dias, agora é oficialmente fim de semana e você pode sextar com calma. Até o próximo Bizi!
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