data nossa de cada dia: A estratégia de marca vs. o preço das ações no mercado

bizi | 26.03.24

Todo consumidor tem uma marca queridinha — ou várias. Mesmo que sejam pequenas e menos expressivas, elas podem se tornar valiosíssimas para o público por uma série de outras características. Mas você já parou para pensar em como esse processo ocorre para o mercado?

Um estudo da Interbrand, em parceria com a NewtonX e a Brodeur Partners, avaliou a poderosa conexão entre o valor percebido de uma marca e o valor literal das ações da empresa.

O report How Brand Impacts Share Price foi feito com base nas companhias do S&P 500, o principal índice do mercado de ações, composto pelos 500 ativos mais proeminentes em tamanho, liquidez e representação. E a primeira conclusão já diz muito: 

“67% das empresas do S&P 500 podem ser avaliadas de forma imprecisa devido à má compreensão de um ativo comercial importante.”
— How Brand Impacts Share Price

Esse ativo, você já deve ter concluído, é a marca. E, de acordo com a Interbrand, a melhor notícia é que todas as empresas o possuem e podem fortalecê-lo.

Para repetir os feitos da Oracle e aumentar o valor da marca, consequentemente aumentando seu valor de mercado, o estudo deixa 4 etapas principais:

1. Desenvolva um modelo de avaliação de marca

Mostre como a força da marca, seu papel e desempenho financeiro funcionam juntos. Isso vai ajudar os acionistas a enxergarem de forma holística como a marca está funcionando.

2. Conduza pesquisas na comunidade financeira

Como a comunidade de investimentos percebe sua marca atualmente? Ter uma visão clara sobre a relação percepção vs. realidade vai ajudar a corrigir problemas ligados a isso.

3. Analise a eficácia da comunicação

Revisite com frequência suas estratégias de comunicação, assim como a relação da marca com investidores e relações públicas para determinar (e consertar) pontos de melhoria. Isso pode incluir desde ações pontuais até uma verdadeira transformação da marca.

4. Revise a estratégia de sua marca

Nessas análises, tenha duas prioridades: 1) um propósito que oriente as ações e 2) uma ambição mensurável, com prazo determinado. Isso ajudará a compreender o verdadeiro potencial da marca e, à medida que ela evoluir, prover atualizações contínuas a seu favor.

A metodologia do estudo incluiu muitas etapas e, por isso, ele é tão completo:

A primeira parte é uma pesquisa qualitativa-quantitativa em duas partes, com 241 tomadores de decisão da área (analistas financeiros, jornalistas financeiros e profissionais de relações com investidores). O objetivo era compreender 3 fatores:

  1. A perspectiva dessa comunidade sobre a estratégia de marca;
  2. A avaliação de empresas;
  3. Como elas se mantêm informadas sobre isso.

Mas não acaba aí. A Interbrand vem analisando o S&P 500 pelos últimos cinco anos (2018-2023), assim como as 100 Melhores Marcas Globais. Com isso, a empresa categorizou 532 empresas em 51 setores de mercado mercado e grupos distintos com base no preço/lucro (P/E) e na volatilidade do preço de suas ações.

De acordo com Greg Silverman, Diretor Global de Economia da Marca na Interbrand, o estudo é um “divisor de águas na redefinição do papel e do valor da marca”.

“Dado que o nosso estudo identificou muitas empresas com um desempenho inferior ao esperado, existe uma oportunidade estratégica para as empresas reavaliarem a sua abordagem à estratégia da marca e às comunicações com os investidores, e obterem uma vantagem crítica na sua avaliação”.
— Interbrand

Para ver tudo na íntegra (em inglês), você pode acessar esta página.

E aí, o que achou do estudo? Imagina essa conexão entre a marca e o valor das ações?

+ Dados, dados, dados:

O 1º Relatório Nacional de Transparência Salarial e de Critérios Remuneratórios, divulgado pelo Ministério do Trabalho nesta semana, comprovou a razão dessa investigação acontecer: as mulheres brasileiras recebem 19,4% a menos que os homens. E ainda pior: em cargos de gerência, essa diferença pode chegar a 25,2%.

Resultados de um estudo realizado pela Signifyd e Adobe, com mais de 700 lideranças no México e no Brasil, mostram que os segmentos que mais cresceram no e-commerce em 2023 estão ligados a comércios presenciais, como supermercados, autopeças e pneus e moda.

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