bizi | 20.10.23
Não tem como não falar dessa polêmica. Literalmente, foi o assunto que mais vimos, lemos e ouvimos pelos corredores da internet ontem. Também não era para menos, né?
Quando um artista é acusado de plágio já é polêmico. Agora imagine ter 3 artistas envolvidos. Com uma marca no meio. No auge do lançamento de um rebranding. É assunto para o Bizi, não tem jeito.
Bom, caso você esteve offline nos últimos dois dias, eis aqui um resuminho:
> Na quarta-feira (18), a Bauducco lançou oficialmente sua nova campanha, Magia Amarela, feita em parceria com a agência Galeria, para apresentar um rebranding completo da marca, que renovou toda a linha de produtos.
Como o próprio Gerente Executivo de Marca da Bauducco, André Kieling, disse: foi um “momento histórico para a marca”. Acho que ele só não imaginava o porquê.
> Um dos elementos principais dessa campanha, no entanto, era a música, de mesmo nome, interpretada por Duda Beat e Juliette. Guarde essa informação com carinho.
> Quase que imediatamente, uma chuva de comentários e reações surgiu. Acontece que a música Magia Amarela é parecida demais com outra canção, se é que você me entende.
Lançada há 4 anos por Emicida, AmarElo tem participações de Majur e Pabllo Vittar. Mas, mais do que um single (particularmente, MUITO BOM), AmarElo faz parte do álbum de mesmo nome, que ganhou o prêmio de Melhor Álbum de Rock ou de Música Alternativa em língua Portuguesa no Grammy Latino de 2020.
Agora, mais do que um álbum, AmarElo é um conceito criado pelo artista e aí que o caso fica mais complexo.
> As análises e acusações surgiram rápido demais e, se você pensou em sair da news para procurar a música em questão, nem adianta.
Virou quase uma lenda urbana. 👀
Como dissemos no começo, um caso de plágio já é difícil de contornar. Mas com uma marca no meio, aos olhos do Bizi, isso vira um gigantesco caso de crise de imagem.
Até porque, não foi somente um plágio. Evandro Fioti, irmão de Emicida e CEO do Lab Fantasma (que produziu AmarElo), falou em uma live logo em seguida do ocorrido que a marca entrou em contato com o próprio Emicida, alguns meses antes, pois queriam ele para estrelar a campanha.
De acordo com Fioti, o acordo não aconteceu “tanto por cronograma quanto por prazo e questões financeiras”. Até aí, ok, vida que segue.
Mas, pelo que dá para entender de toda essa história, é que marca e agência recorreram a outros artistas para interpretar a canção Magia Amarela — que, mesmo depois de muitas buscas, ainda não conseguimos descobrir de quem é a autoria.
Só para deixar claro, a acusação de plágio não é sobre a música — que, pelo que vimos, também era parecida e tinha versos como “a cor da vida é amar elos reais”, fazendo o mesmo jogo de palavras que a composição de Emicida — mas sim, sobre o projeto como um todo.
Muita repercussão depois, separamos alguns pronunciamentos sobre o assunto:
Juntamente com a Galeria, a própria Bauducco emitiu uma nota oficial:
Vale lembrar que a Bauducco acabou de passar sua conta publicitária para a agência. Uma nota do Clube de Criação contou no dia 16 de outubro (segunda-feira) que o processo aconteceu depois de uma concorrência.
Antes disso, a conta estava com a CP+B.
Tem gente que acha que tudo isso foi, na verdade, uma bela estratégia para gerar buzz à nova marca. Não sei você, mas achamos essa jogada arriscada demais.
Você conseguiu ver a campanha? Conta pra gente o que achou de toda essa polêmica.
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