bizi | 10.10.23
Como é formada a força de trabalho na sua empresa?
Não é nenhuma novidade, mas esse assunto ainda é chocante: pesquisa da Robert Half, com a startup de inclusão produtiva Labora, identificou os gargalos na contratação e retenção de talentos com mais de 50 anos
A pesquisa “Etarismo e inclusão da diversidade geracional nas organizações”, realizada em junho com 258 empresas de diferentes portes, identificou uma série de contradições.
48% das organizações contam com programas relacionados à diversidade geracional. No entanto, 70% contrataram pouco ou nenhum profissional com mais de 50 anos. Nos últimos dois anos, essas contratações seriam apenas 5%.
Seguindo esses dados, apenas 10% estariam investindo em treinamentos dedicados à diversidade geracional para as equipes de recrutamento.
Levando em consideração que no Brasil, de acordo com o levantamento do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial, o Senai, o número de trabalhadores com mais de 50 passou de 4 milhões e 400 mil em 2006 para 9 milhões e trezentos mil em 2021, esse é, no mínimo, um dado bem discrepante da realidade.
Essa é, portanto, uma longa, longa mesmo, jornada de conscientização.
Para se ter ideia, mais de metade dos respondentes da pesquisa, que representa um número de 52%, afirmaram que ““profissionais de todas as idades podem participar dos processos seletivos”.
No entanto, são poucos os que conseguem as vagas de empresa, como mostra a pesquisa, e essa taxa diminui ainda mais se levarmos em consideração que esses profissionais competem pela mesma vaga com as gerações mais novas.
Até as ações de employer branding são falhas quando se trata desse grupo, isso porque apenas 3 em cada 10 organizações têm ações para reter profissionais 50+. Sendo que 65% delas sequer contam com iniciativas de desenvolvimento profissional para a geração mais madura.
E, para finalizar, cerca de 80% das organizações ainda não estabeleceram métricas para avaliar o desempenho das iniciativas de inclusão.
Aqui, novamente, temos o outro lado da moeda, já que cerca de um terço delas afirma estar em fase de desenvolvimento, ou seja, dando os primeiros passos para implementar esses indicadores.
Para conferir a pesquisa completa, clique aqui.
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