bizi | 15.09.23
Além de dar aquele último gás antes do final de semana, acreditamos que a sexta-feira também é um ótimo dia para refletir, por isso, o Bizi acabou de chegar na sua caixa de entrada. Te convidamos a pensar junto com a gente sobre o que rolou no mercado essa semana. Tem insights sobre polêmicas, media, parcerias e muito mais. Vamos?
Polêmica no mundo do business é assim: alguém fala uma coisa muito absurda, a assessoria de imprensa entra em cena e no dia seguinte já tem uma declaração oficial de retratação. Não foi diferente com Tim Gurner.
Durante um fórum de negócios em Sydney, na Austrália, o multimilionário fez algumas declarações controversas em sua fala. E todas elas repercutiram rapidamente.
Entre elas, que “o desemprego precisa subir de 40% a 50%” para que as empresas possam retomar o controle sobre seus funcionários.
De acordo com seu ponto de vista, depois do Covid-19, as pessoas não querem trabalhar tanto quanto antes e isso tem um impacto na produtividade das empresas.
Usando os profissionais de construção civil como exemplo, o empresário afirma que, ultimamente, os funcionários recebem mais, mas fazem menos.
Caso você, assim como grande parte das pessoas, nunca tenha ouvido falar de Tim Gurner até então, o empresário é um dos grandes nomes do setor imobiliário australiano e CEO e fundador do Gurner Group, empresa de moradias de luxo com foco em design e lifestyle.
Além de uma grande personalidade, Tim Gurner tem um patrimônio estimado em US$598 milhões — cerca de R$2,9 bilhões.
Mesmo antes dessa polêmica aparecer, Gurner já era conhecido por outras falas controversas. Em 2017, por exemplo, o empresário advertiu os millennials de que eles deveriam parar de gastar com smashed avocado e lattes e poupar dinheiro para comprar sua primeira casa.
No fatídico fórum em Sydney, Gurner expôs mais uma vez os problemas da sociedade, segundo seu ponto de vista.
“Nós precisamos lembrar às pessoas que elas trabalham para o empregador, e não o contrário. Houve uma mudança sistemática em que os trabalhadores sentem que o empregador tem muita sorte em tê-los e isso é o oposto das coisas. Essa é uma dinâmica que tem que mudar, precisamos matar essa atitude.”
— Tim Gurner no Financial Review Property Summit
Até o momento da redação deste texto, o vídeo oficial contendo essas falas, publicado pela Australian Financial Review no X (antigo Twitter), já tinha mais de 25 milhões de visualizações. E as opiniões se dividiram bastante.
Com uma fala tão explícita, é claro que os comentários choveram na hora.
Muitas críticas chegaram até Gurner, até o evento em questão e até ao Gurner Group, que coincidentemente ou não, mantém os comentários desativados em suas publicações do Instagram.
Em contraponto às afirmações, Keith Wolahan, parlamentar australiano, disse à mídia local que “desemprego significa pessoas nas ruas e dependentes de bancos de alimentos”.
Já a legisladora norte-americana, Alexandria Ocasio-Cortez, destacou a grande diferença entre os salários de executivos e empregados.
No entanto, alguns membros da indústria e líderes empresariais concordaram com as declarações e a própria Australian Financial Review publicou um artigo dizendo que a política monetária deseja o mesmo.
Depois da repercussão, Gurner usou seu LinkedIn para, adivinha, se retratar sobre suas falas.
O milionário disse que estava profundamente arrependido de seus comentários sobre desemprego e produtividade na Austrália.
E mais, disse que eles estavam errados. Ué.
“Quero ser claro: eu realmente compreendo que quando alguém perde o emprego, isso tem impacto profundo em sua vida e em suas famílias e eu me arrependo sinceramente de que minhas palavras não transmitiram a empatia pelos que passam por essa situação.”
— Tim Gurner em seu perfil do LinkedIn
Imagina se transmitissem, não é?
Até agora, o pedido de desculpas não gerou o mesmo alcance que as declarações originais. Mas por isso todo mundo já esperava.
E aí, o que achou dessa história? Mais do que compartilhar sua opinião com a gente, te convidamos a refletir sobre tudo isso. Se o desemprego acontecesse com você ou afetasse a sua empresa, essa ainda seria sua resposta?
Se você já vem acompanhando o Bizi há algum tempo, percebeu que essa news está crescendo! Nosso projeto editorial agora é (na verdade, sempre foi, né?) coisa de gente grande e oficialmente somos patrocinadores do Decision Day, um dia especial no hub Data Driven Decision para falar sobre dados.
Caso você não saiba do que estamos falando, olha só:
O DDD começou em 2021 como um evento online. Mas, assim como o mercado de dados, ele é multiforme e evolutivo e, este ano, trouxe o Decision Day para marcar sua agenda.
Esse dia será um encontro especial no hub do DDD, para trazer ainda mais conteúdos sobre o mundo dos dados e auxiliar empresas e profissionais a alcançarem a proficiência analítica.
E você está vendo ele por aqui porque, este ano, somos realizadores desse encontro, portanto, nosso nome está ao lado de outras grandes empresas e profissionais que fazem parte desse movimento, como Unilever, Nubank, Endeavor, iFood, PicPay, e muitas outras!
Não vemos a hora desse grande encontro chegar e queremos você com a gente por lá. Por isso, atenção aos recadinhos:
Para você que é Bizi, se você se interessa pelo mundo dos dados e quer continuar aprendendo sobre essa área que cresce cada vez mais em importância e resultados, se inscreva no Decision Day.
Garanta seu acesso a todos esses spoilers que falamos e muito mais dados!
De quebra, você ainda ganha acesso às +90h de conteúdos do hub do DDD com tudo aquilo que falamos aqui em cima. Uma oportunidade assim não aparece todo dia, hein?
De acordo com a pesquisa Media Reactions, da Kantar, as campanhas são 7 vezes mais impactantes quando feitas para uma audiência receptiva.
Essa é a razão dessa pesquisa existir. O Kantar Media Reactions é um estudo que avalia o equity de publicidade em canais e marcas de mídia.
Não houve um momento tranquilo para a mídia nos últimos anos, desde a evolução digital à mais recente explosão das aplicações em IA. Como sempre, essa continua sendo uma boa hora para investir em mídia. Encontrar os ambientes de mídia certos para seus anúncios nunca foi tão importante.
— Kantar Media Reactions
Esse estudo anual já está na 4ª edição e, este ano, o tema é Braving the Battleground, ou Enfrentando o Campo de Batalha. Bem sugestivo.
Vamos aos insights?
A saber, este ano, a pesquisa foi feita com base nas opiniões de cerca de 16 mil consumidores, sobre 330 marcas em 23 mercados e 900 profissionais de marketing. De acordo com o Meio & Mensagem, no Brasil, a empresa entrevistou 650 pessoas de 16 a 65 anos de idade, entre 26 de maio e 2 de junho de 2023.
Por fim, o Kantar Media Reactions completo, em inglês, está disponível para download neste site.
Você já ouviu falar em Media for Equity? Essa é a “moeda de pagamento” do novo investimento de Fábio Porchat.
O apresentador e humorista decidiu diversificar seus investimentos e entrou para o quadro societário da D20 Culture, produtora e desenvolvedora de conteúdos focados no mundo geek.
O interessante aqui não é o modelo de negócio nem o momento escolhido para o investimento, mas a forma como Porchat vai pagar por seus 10%: usando a própria imagem, por meio do Media for Equity.
O conceito Media for Equity funciona como uma troca de visibilidade por um pedaço do negócio que você está divulgando. Em um exemplo prático, é como se um influenciador que era pago para fazer a propaganda de um óculos de sol agora passasse a receber uma porcentagem da companhia dona do óculos no lugar do seu cachê.
— Forbes
Enquanto é um investimento interessante para pessoas públicas, também é vantagem para as marcas ter alguém genuinamente tão interessado no negócio. O Porchat, por exemplo, entrou para a D20 para ser o novo diretor criativo da companhia.
De acordo com Peterson Rodrigues, CEO e fundador da D20, eles estavam em busca de alguém que fosse tão criativo quanto a marca para “ajudar a pensar o negócio além dos números e do dinheiro, levando em consideração a paixão pela coisa”.
Aliás, a paixão é o ingrediente que está no coração da D20. Fundada em 2022, o objetivo, segundo o CEO, era fazer algo que eles gostariam de comprar.
Hoje, a operação já conta com mais de 15 profissionais e a especialidade da D20 são RPGs, HQs e literatura, board e card games, animações e video games.
O Meio & Mensagem destacou que, com a chegada de Porchat, a empresa quer acelerar o desenvolvimento de conteúdos criativos e aquisição de novas licenças. Alguns projetos já até estão em andamento, como o board game Sanatório Moreau e o RPG Skyfall.
Já para Porchat, o que mais despertou seu interesse é que a empresa não depende dele, visto que já tem uma operação estruturada em funcionamento e indo bem.
Mas ele vem para somar e já se sente parte do negócio:
“Nós queremos levar o geek para todos os públicos e espero ajudar com isso.”
— Fábio Porchat
Independentemente dos objetivos da D20, já dá para sentir que o novo player veio para esquentar o jogo da startup.
🤳 No Bizi de hoje aprendemos que imagem é tudo — e pode até ser meio de pagamento. Você está cuidando bem da sua? Boa sexta-feira reflexiva e até a próxima news.
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