última news: Tudo o que vimos no Universo TOTVS 2024, pt. 1

bizi | 21.06.24

Nesta semana, fomos conhecer o Universo TOTVS, o maior evento de tecnologia e negócios do Brasil. Foram 2 dias de muitos conteúdos e, como você já sabe, quando isso acontece, dividimos a nossa cobertura em duas edições especiais. Para conferir a primeira parte dos insights, é só continuar rolando a tela.


INSIDE: Um universo de possibilidades

“Uma verdadeira imersão para provocar você a pensar em como fazer mais e melhor”. Essa é uma das descrições oficiais do Universo TOTVS e a redação pode comprovar.

Para quem não sabe, a TOTVS é uma das maiores empresas de tecnologia do Brasil, não só em tamanho, mas em abrangência e importância para esse setor do mercado nacional. 

No Universo TOTVS, um evento já consolidado na história da empresa, o objetivo é literalmente apresentar esse universo de soluções e possibilidades que a TOTVS oferece.

Vale lembrar que o grupo TOTVS adquiriu várias outras empresas de destaque nos últimos anos, inclusive a RD Station, que aparece quase sempre aqui nas nossas news. Então, além de conteúdos superespecíficos sobre softwares e ferramentas da TOTVS, esse universo também contou com palestras mais abrangentes, sobre tendências, boas práticas e frameworks do mercado para profissionais das áreas de marketing, vendas, negócios e qualquer outra área interessados em inovação — ou seja, do jeitinho que a gente gosta!

Assim, tanto as trilhas de conteúdos do evento como os próprios expositores, eram todos relacionados ao universo da empresa. Um detalhe interessante que notamos é que muitos dos brindes espalhados pelo pavilhão do Expo Center Norte (onde aconteceu esta edição) eram providos pelos clientes da TOTVS, como doces da Bel, cervejas do happy hour da Império, dadinhos da Dadinho, bebidas da Refrix e cafés da Tres — um evento cheio de atributos, como você pode perceber.

A primeira parte do Universo TOTVS 2024

Concentramos essa primeira parte nos insights sobre marketing, vendas, gestão e business, enquanto a parte 2 vai ficar com as tendências e novidades no cenário de dados, IA e inovação.

Agora, sem mais delongas, vamos aos insights


Marketing e vendas e dados

Como falamos aqui em cima, a RD Station faz parte da TOTVS. Por isso, todas as classes e tracks que assistimos sobre esses temas foram ministrados por profissionais da própria RD ou acompanhados de dados das pesquisas da empresa. 

Recentemente, a RD Station lançou tanto o Panorama de Marketing 2024, como o Panorama de Vendas 2024, dois ótimos materiais para sentir como andam os processos, a maturidade digital e a proficiência analítica das empresas nesse ecossistema.

Eis alguns dados que anotamos entre uma palestra e outra:

  • 47% das empresas têm dificuldade em priorizar a análise de dados na rotina;
  • E quando o marketing sofre com essa falta de proficiência, as vendas sentem: 75% dos times não bateram suas metas de vendas em 2024;
  • 66% dos profissionais dessa área acreditam que ter um processo de vendas é essencial, mas 69% das empresas não têm isso bem estruturado.

Como podemos ver, o problema não é a identificação do problema.

Já percebemos o que é preciso fazer: organizar processos e estruturar operações de forma data driven em marketing e vendas. Mas existe uma lacuna entre essa percepção e colocá-la, de fato, em ação.

Como Thiago Rocha, Gerente de Growth da RD Station, disse: dados dão a direção para onde você quer ir. Hoje, eles são um ativo extremamente relevante, “o novo petróleo”, como dizem, e também a habilidade mais procurada nos profissionais.

Todas as empresas querem pessoas analíticas atualmente, mas é crucial ir além da parte ferramental.

“Mais importante do que pensar na ferramenta, é ter pensamento crítico para saber como decifrar os dados.”
Thiago Rocha, Decifrando dados: o poder da análise na estratégia de marketing digital

Para ele, tentativa e erro não é eficiente, não adianta encontrar um monte de informações se você não sabe o que fazer com elas, além de, às vezes, gastar tempo demais em coisas que não trarão vantagem ao negócio. 

Então, como fazer análises melhores?

Para evitar essa proficiência desorientada, Thiago deu algumas dicas práticas para a análise no palco do Universo TOTVS 2024, de acordo com o método guiado por hipótese:

  • Comece do fim. Toda análise começa por um palpite ou questionamento sobre algum problema. Todos os envolvidos, inclusive os stakeholders, têm que ter clareza sobre esse problema;
  • Entenda as causas. Após desenhar a hipótese (o problema), se desdobre para entender o que levou até esse ponto. Quanto mais visual for essa parte, melhor será a próxima etapa;
  • Faça uma matriz de priorização. Reúna esses fatores e divida-os em categorias, como contribuição x viabilidade ou impacto x complexidade para entender o que você deve priorizar;
  • Agora, sim, parta para as análises. Só agora você vai buscar os dados. A dica é: procure enxergar o quadro de forma holística, mas se concentre apenas no que é necessário e útil para a análise em questão. Os demais dados, pode descartar;
  • Analise as análises com frequência. Durante as análises, uma das atitudes mais importantes é checar constantemente se continua fazendo sentido e se continua respondendo ao problema inicial. Segundo Thiago, não é o ideal “se apaixonar” pela análise feita. Em outras palavras, se uma análise for boa, mas não estiver diretamente relacionada com a resolução da hipótese, ela deve ser desconsiderada;
  • Apresente a análise para o restante dos envolvidos. O dado precisa ser digerível, fácil de entender por todos, principalmente os stakeholders. Thiago ressalta que essa é a parte mais negligenciada do processo, mas segue sendo uma das mais importantes.
Para ele, toda equipe de marketing precisa de uma política de frequência de produção de relatórios bem definida, templates estabelecidos, formato de discussão e planejamento com base em números.

E existe uma frequência ideal para cada tipo de relatório:

  • Diário: para entender se tem algo “explodindo” naquele momento;
  • Semanal: para entender o que é preciso ajustar e agir rápido para resolver o mês;
  • Mensal: para ter aprendizados mais profundos sobre o negócio e colocar em prática no mês seguinte.

Thiago ressalta que, sem estrutura, as ideias — por melhores que sejam — não serão suportadas pelo time ou empresa.

O pensamento estruturado fortalece a análise e, por sua vez, a análise permite tomar decisões mais precisas em relação à estratégia de vendas, melhorar a experiência do cliente e até prever novas demandas por produtos e serviços.

Juntos = mais longe

Por falar em vendas, também assistimos um painel sobre melhores estratégias para vender online e o insight principal foi a estratégia omnichannel, o famoso “não colocar todos os ovos em uma cesta só”. 

Na experiência da Fit & Beauty, compartilhada pelo CEO, Bernardo Matias de Carvalho, ao lado de Bruno Kerber, da Lexos, a empresa sofreu muito quando a Americanas passou pela crise, no início de 2023, porque todo a sua loja online estava na plataforma. Com a ajuda do sistema da Lexos (hub de integração com marketplaces que hoje faz parte do ecossistema da RD Station), eles conseguiram pulverizar sua presença no digital e, consequentemente, expandir seus ganhos por lá.

Nesse processo, Bernardo destacou que o diferencial foi, primeiramente, entender o produto principal da Fit & Beauty e, logo depois, onde estava o público que compra.

Esse movimento de acompanhar o público e o mercado também foi lembrado na aula “Processos para alinhar marketing e vendas”. Quando se trata de vendas, é importante também lembrar que, como a Gerente Sênior de Marketing na RD Station, Fernanda Lima, disse, adquirir um novo cliente não começa, nem termina quando a venda acontece.

Todos os times da empresa têm que se envolver nesse processo de entrada e, principalmente, de manutenção dos clientes. De acordo com Fernanda, quando marketing trabalha junto com vendas, esse processo melhora.

Agora também entendemos que, quando ambos trabalham junto com os dados, é uma relação que só tem a ganhar!


De business to business no Universo TOTVS

Alguns dos melhores momentos em eventos assim, acontecem quando líderes do mercado compartilham dicas e orientações de sua própria gestão com quem está ali para aprender.

E isso aconteceu diversas vezes durante o Universo TOTVS 2024. Reunimos alguns deles a seguir.

Para começar, um assunto que já é familiar para quem é Bizi: a chegada da geração Z ao mercado de trabalho.

Uma das parcerias da TOTVS é o Instituto da Oportunidade Social (IOS), que comandou diversas tracks de conteúdo voltadas especialmente para o ESG, a pauta escolhida pela instituição para esta edição do evento.

No painel “Geração Z e o futuro do trabalho”, comandado por Kelly Christine de Vale Lopes, Superintendente do IOS, a executiva destacou que o instituto tem ajudado muitas empresas a abraçarem a geração ao prover o treinamento correto: não necessariamente em hard skills, mas nas soft skills.

Segundo pesquisas (inclusive as que já trouxemos por aqui), as maiores “falhas” da geração recém-chegada ao mercado de trabalho estão relacionadas a comportamento e colaboração em grupo, organização pessoal e estrutura para encarar os dilemas do próprio mercado. 

Quando as empresas — e principalmente os profissionais que as compõem — se esforçam para fazer esse trabalho duplo de adaptar os jovens ao ritmo do mercado e também adaptar alguns formatos antigos para receber a geração, os ganhos são enormes para ambos.

“No mercado, as empresas competem entre si. Isso é natural. Mas, quando falamos de ESG, elas não competem, elas colaboram entre si e com o terceiro setor.”
Kelly Christine de Vale Lopes, Geração Z e o futuro do trabalho

Olhando para o futuro

Continuando nessa premissa de começar hoje a implementar as mudanças que farão a diferença nas empresas lá na frente, Carla Moreira (Integradora de Transformações Organizacionais da Chie), Carolina Videira (Presidente da Turma do Jiló) e Vivian Broge (VP de Relações Humanas e Marketing da TOTVS), se reuniram em um painel para falar sobre o que torna uma liderança, de fato, eficaz.

“A comunicação é essencial para ouvir a equipe e os desafios. Só isso leva a inovação.”
— Carolina Videira, A liderança para o futuro começa hoje

De acordo com as executivas, das principais armadilhas que um líder pode cair, uma delas é ser simplista. Não existe uma única solução, uma fórmula ou receita capaz de resolver os problemas, independentemente de sua origem. O segredo é olhar para eles de forma holística e realmente pensar um pouco mais sobre essas questões, antes de deliberar.

É fato que, muitas vezes, as capacidades cognitivas dos nossos líderes não estão no mesmo nível de complexidade do que estamos vivendo, principalmente quando se trata de ESG. Mas é justamente para isso que devemos usar a tecnologia a nosso favor. 

As tecnologias que nos cercam existem para nos dar mais tempo — tempo esse que é precioso para a tomada de decisões importantes. Segundo Carolina, é preciso deixar os impulsos de lado e pensar por pelo menos 5 minutos para acionar o “Sistema 2”. (Conforme o psicólogo Daniel Kahneman descreve no livro “Rápido e devagar”, essa é a parte do nosso cérebro responsável por resolver coisas complexas.)

Para Vivian, outra chave poderosa para destravar a liderança do futuro é o autoconhecimento.

Segundo ela, esse é o conhecimento zero para todos os líderes, em qualquer segmento. Devemos conhecer profundamente nossas competências, erros e acertos para reconhecer isso nos liderados e lidar da melhor forma com os aprendizados.

A liderança não é confortável — dá para ver, não é? Mas de acordo com Carla, ela é para todos. A dica final da líder é começar a trabalhar sua liderança individualmente e não ficar dependendo do coletivo reconhecer isso em você.

Investir em seus próprios talentos, na construção de propósitos no que você faz e ser quem você realmente é, só vai te levar mais e mais longe.

Diversidade é o negócio

Por falar em ser quem se é de verdade, a redação também acompanhou uma aula sobre diversidade, equidade e inclusão que desmistificou muitas questões sobre esse assunto — e com dados.

O Diretor e Fundador da Polo Diversidade, JP Polo, começou falando sobre a diferença entre essas palavras, que muitas vezes se confundem:

  • Diversidade são características visíveis e invisíveis que tornam as pessoas diversas;
  • Inclusão é como nos relacionamos com essas diferenças. É o que gera sensação de pertencimento ou não;
  • Equidade é considerar as necessidades individuais e agir com igualdade para nivelar todos no mesmo cenário

Basicamente, elas permitem atender o que chamamos de “minorias” sociais. Hoje, no Brasil, esses são os dados atualizados sobre as principais “minorias”:

  • 56% da população se autodeclaram como pessoas negras (pretas e pardas);
  • 51,1% são mulheres;
  • 15,1% são idosos;
  • 6,7% são PCDs (pessoas com deficiência), que realmente estão inclusas nas políticas sociais específicas, como as cotas;
  • 9,3% são parte da sigla LGBT+.

Acontece que, se juntarmos todas elas, definitivamente não é uma minoria do ponto de vista numérico/matemático. Mesmo assim, essas pessoas são tratadas dessa forma, são “minorizadas”, tendo mais dificuldades e menos oportunidades no mercado de trabalho.

JP explicou, de forma bem direta, que a importância de existiram ações de DE&I nas empresas se resume em 3 motivos: é o certo a fazer, é o que devemos fazer, é o melhor a se fazer.

A maioria da população brasileira faz parte de pelo menos um grupo minorizado. Essas ações são para elas — e, da até para dizer, para nós.

O diretor também mostrou em números quais ganhos podem vir dessa atitude:

  • Times diversos têm uma gestão mais próxima e maior desempenho, enquanto times não diversos possuem desempenho pior (Fonte: Leader Korn Ferry, 2016);
  • Segundo pesquisas, a diversidade traz 50% menos rotatividade e 85% mais retenção, além de mais engajamento e vontade de permanecer na empresa;

É um raciocínio lógico: em um mercado muitas vezes tóxico, quando uma pessoa minorizada encontra uma empresa que a respeita de verdade, ela não vai querer sair.

JP segue dizendo que a empresa também ganha com criatividade e riqueza cultural. 

“Um time com as mesmas vivências terá o mesmo olhar e o mesmo contexto. Com diversidade no time, você tem mais olhares e vivências.”
— JP Polo, Diversidade é o negócio

Ter esse ponto de vista mais diverso impede uma cadeia constantemente criada pelo nosso “Sistema 1” (sim, a mesma análise de Daniel Kahneman, só que, dessa vez, se referindo à parte do cérebro que toma decisões automaticamente):

Nossa mente cria estereótipos para criar atalhos, categorizar e definir de forma rápida e padronizada as coisas. > Esses estereótipos geram preconceito, quando percebemos, sentimos, analisamos e escolhemos com base em experiências ou percepções anteriores. > Um preconceito firmado leva à discriminação, que é quando transformamos os pensamentos e ações: ignoramos, ofendemos, oprimimos e até matamos o que é diferente. > Tudo isso junto cria os chamados vieses inconscientes, quando nem sabemos porque não gostamos ou não fazemos alguma coisa, mas agimos dessa forma.

Para quebrar esse ciclo, surpreendemente ou não, o primeiro passo é reconhecer que, infelizmente, todos temos vieses inconscientes. Para combatê-los e começar a enxergar além dos estereótipos, precisamos admitir isso, não esconder. 

Quando falamos sobre isso, estamos falando sobre diversidade e, segundo JP, essa é uma conversa para todos.

O último recado do diretor ao Universo TOTVS 2024 é breve, mas muito significativo: temos que combater a desigualdade, não a diferença.


🌌 Quantos insights cabem em um universo de conteúdos? Na próxima edição do Bizi voltamos com o restante de tudo o que vimos no Universo TOTVS 2024. Até lá, bom final de semana!

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