última news: Diversidade, permissões e anúncios

bizi | 04.06.24

Junho começou agitado e nem é pelas festas juninas. O mês das campanhas de diversidade (pontuais ou permanentes) trouxe também atualizações não tão coloridas e felizes. No Bizi de hoje, você confere notícias sobre as novas diretrizes do X, como as marcas estão lidando com o Orgulho LGBTQIAPN+, uma análise dos anúncios em streamings e muito mais.


DEU RUIM: Conteúdo adulto e violento está liberado no X

Em uma decisão inédita e bastante contraditória, o X mudou algumas regras da plataforma e passou a permitir oficialmente conteúdo adulto e violento. Polêmico!

No perfil Safety, que comunica sobre atualizações, ferramentas e recursos do X, a rede disse que a mudança foi para trazer mais clareza às regras de transparência sobre esse tipo de conteúdo. Ou seja, esses conteúdos já existiam e sempre estiveram lá, desde que o Twitter é X.

“De acordo com a Reuters, em 2022, 13% de todas as postagens no X eram sobre conteúdo adulto. Mas esse número deve ter crescido substancialmente, uma vez que a plataforma foi “inundada” com os chamados ‘porn bots’.”
— Tecmundo

Mas só agora isso se tornou oficial.

Para entender melhor o que são esses conteúdos, eis a classificação do X:

  • Conteúdo adulto: qualquer tipo de publicação com conteúdo sexual consensual e nudez adulta.
  • Conteúdo violento: discurso e mídias violentas — isso permite uma abordagem mais holística ao combate à violência em todas as formas.

Conforme as novas diretrizes do X, as contas que têm publicações desse tipo não serão banidas, mas precisam categorizar esses conteúdos devidamente. Essa categorização vai evitar que menores de 18 anos ou pessoas que não colocaram a data de nascimento nos dados do perfil entrem em contato e consumam essas publicações.

Além disso, o X também recomenda que nem a foto de perfil, nem o banner tenham imagens com esse teor. Já a recomendação para o conteúdo violento, é de que ele não seja “excessivamente sangrento” ou represente a violência sexual.

E detalhe: tudo isso se aplica também a conteúdos gerados por inteligência artificial, um assunto que, por si só, já tem várias camadas.

Em um comunicado oficial, a plataforma explicou que essa é mais uma de suas ações em nome da liberdade de expressão:

“A expressão sexual, visual ou escrita, pode ser uma forma legítima de expressão artística. Acreditamos na autonomia dos adultos para se engajarem e criarem conteúdo que reflita suas próprias crenças, desejos e experiências, incluindo aqueles relacionados à sexualidade. Equilibramos essa liberdade restringindo a exposição de conteúdo adulto para crianças ou usuários adultos que optem por não vê-lo.”
— X

Historicamente, sabemos que contar com o bom senso das pessoas, sem nenhum tipo de regulamentação sobre conteúdos sensíveis assim, não costuma dar muito certo. Apesar de ser ótimo para a ideologia free-speech de Elon Musk, o dono da firma. A decisão abre precedentes para existir pornografia não consensual e até mesmo material de abuso infantil na plataforma.

Inclusive, o Adnews lembra que, no ano passado, a Austrália multou o X por não fornecer informações sobre conteúdo de abuso infantil. E, adivinha? A plataforma não pagou.

O que já se espera da decisão é que, daqui para frente, o conteúdo adulto pago cresça e, talvez, o X vire uma espécie de OnlyFans (rede social em quem os criadores de conteúdo cobram uma assinatura mensal para os usuários poderem acompanhá-los; muito famosa justamente pelo conteúdo adulto).

Alguns portais apontaram essa previsão como a principal razão para o X ter atualizado suas regras, já que a plataforma anda em busca de novas receitas depois da saída de muitos anunciantes.

Só para relembrar, esse movimento aconteceu depois das mudanças feitas quando a rede deixou oficialmente de ser a plataforma do passarinho azul.

Resta agora acompanhar os próximos passos do X e torcer para que as mudanças não prejudiquem ainda mais o ambiente online.


DATA NOSSA DE CADA DIA: As marcas e o Orgulho LGBTQIAPN+

Além da chegada do inverno e das festas juninas, o mês de junho também é marcado por outro grande evento: o Dia do Orgulho LGBTQIAPN+.

Apesar de ter uma data fixa (o dia 28 de junho), o mês inteiro é considerado o Mês do Orgulho. E isso é muito relevante para as marcas e o mercado, de uma forma ou de outra.

Na teoria, as empresas deveriam se preocupar com representatividade, igualdade, respeito e diversidade em todos os dias e meses do ano. Mas, na prática, muitas acabam apenas pegando uma carona no hype da data só para chamar a atenção desse público ou fingir que são diversas.

Sabe o famoso ditado “não é o ideal, mas acontece”? Esse é um exemplo.

Fato é que nem isso tem acontecido na mesma frequência de antes.

De acordo com um estudo da Ipsos, as empresas e marcas no mundo todo têm perdido o apoio ativo da sociedade para promover a igualdade para pessoas LGBTQIAPN+.

O LGBT+ Pride Report 2024 registrou que o número de pessoas que apoiam a causa LGBTQIAPN+ corresponde a 49%, em 23 países pesquisados. Mas em 2021, esse total era de 54%.

É interessante notar que, sobre esse maior apoio, outra pesquisa feita pelo Instituto Locomotiva em parceria com a Question Pro para a iO Diversidade, mostrou que as mulheres (73%) e a geração Z (77%) também são os grupos que mais reconhecem e valorizam a realização das paradas LGBTQIAPN+.

Aqui no Brasil, a Parada do Orgulho LGBTQIAPN+ acabou de acontecer e reuniu mais de 70 mil pessoas neste fim de semana (02). Ainda assim, como se trata de política também, esse é um assunto que enfrenta bastante polarização no nosso país.

O intuito do Bizi aqui não é convencer você a se envolver na causa do Orgulho LGBTQIAPN+, mas entender seu papel em tudo isso como profissional do mercado brasileiro, sabendo que qualquer decisão terá seus impactos.

“Às vezes, conquistar novos clientes significa perder clientes antigos — claramente este é um cálculo que as empresas precisam analisar com mais pensamento data driven antes de ir entrelaçando sua marca com um determinado problema social.”
— LGBT+ Pride Report 2024 

Vale lembrar que, embora ainda minorizados, esse é um grupo cada vez maior e mais forte, não só de pessoas, mas de parte ativa da sociedade e, claro, consumidores.

+ Pesquisas e dados para conferir:

O ranking NPS, da Opinion Box, mostra quais são as marcas mais recomendadas do Brasil em 2024.

Num futuro bem próximo, a geração Z vai representar um quarto do mercado de trabalho e, para entender um pouco mais sobre como isso será, algumas pesquisas já estão de olho na relação da geração com a também recém-chegada inteligência artificial.


Continue ajudando as vítimas no Rio Grande do Sul:

👉 No site Para Quem Doar, você confere entidades atuando agora no RS;

👉 As agências dos Correios e as bases da FAB continuam recebendo doações. Acesse os sites para conferir os pontos de coleta e os materiais mais necessários no momento;

👉 No site SOS Rio Grande do Sul tem diversos links úteis e informações seguras como o Pix do estado para doações, iniciativas de voluntariado e esclarecimentos sobre a situação.

👉 Sem esquecer também do programa Reafirma, em que empresas e profissionais das áreas de comunicação, marketing e vendas podem ajudar empresas a se recuperarem.

As chuvas voltaram e as águas do Rio Guaíba até voltou a subir. A situação no estado segue sendo muito grave e ainda é muito importante que a corrente de solidariedade continue. Por isso, ajude como puder. ❤️


ESTA É NEW: Por que agora todos os streamings têm anúncios?

Caso você seja assinante de um ou mais dos streamings mais famosos aqui no país, deve ter percebido que a conta aumentou no fim do mês. 

Depois do HBO Max (que agora é só Max), e do Disney+ (que agora também irá abranger ESPN e Star+), chegou a vez do Spotify atualizar o preço de seus planos.

Por enquanto, isso aconteceu só nos EUA, mas o movimento é mundial.

Se você está se perguntando o que tem motivado essa onda de reajustes nos streamings, a resposta é muito simples: aumentar as receitas. Mas, talvez, não do jeito mais óbvio.

Cada vez mais, os streamings buscam “incentivar fortemente” seus consumidores a optarem por planos pagos para fugirem dos anúncios que chegaram com tudo nesse canal. Entretanto, os anúncios também são cada vez mais importantes para os streamings. Um pouco paradoxal, diríamos.

Para a parte publicitária da redação, este é um assunto conflitante. Ao mesmo tempo que os planos gratuitos com anúncios representam um canal novinho em folha para esse mercado, com infinitas possibilidades e até mesmo a promessa de anúncios interativos, sinceramente, não é nada agradável ter seu conteúdo e experiência sendo constantemente interrompidos.

Inclusive, chegamos à conclusão de que isso se intensifica porque a proposta inicial dos streamings, quando eles chegaram nas nossas vidas, era justamente não ter anúncios ou qualquer tipo de intervalo.

Mas, voltando à situação atual, conforme os especialistas no assunto, ter anúncios nesse meio era inevitável a longo prazo, afinal, é algo necessário para que essas plataformas continuem crescendo. 

Como falamos nesse Bizi, o investimento em publicidade digital chegou a R$ 35 bilhões no ano passado (Digital AdSpend 2023) — e é claro que os streamings querem uma fatia desse montante.

Mais do que isso, vale lembrar que os streamings obtém dados apurados do público, já que o consumo é muito específico. Futuramente, isso pode se mostrar uma vantagem também para os consumidores, que vão poder contar com anúncios muito mais segmentados e de acordo com seus interesses, como também falamos nesse Bizi.

E uma pesquisa da Rakuten Advertising pode comprovar:

“71% dos espectadores em todo o mundo afirmaram comprar ou comprar ocasionalmente um produto ou serviço pesquisado após verem anúncios em serviços de streaming em vídeo.”
— Meio & Mensagem

Assim, podemos esperar 2 coisas: os anúncios não vão embora, a menos que você pague, e, por menos que você pague, esse preço não promete estabilizar.

+ Ainda no mundo dos streamings:

Vem mais streamings e anúncios por aí! O streaming do SBT já vendeu todas as suas cotas de publicidade, antes mesmo de estrear. 

De acordo com o levantamento da Antenna, o streaming que as pessoas não abrem mão não é o maior deles, a Netflix, mas o que não sai dos ouvidos: o Spotify. 


👩‍💻 Mesmo falando sobre anúncios e polêmicas, o Bizi de hoje continua sendo uma news cheia de insights para te dar, de graça. Até a próxima edição!

Não perca nenhuma novidade!

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